Os Umbuzeiros pedem socorro!
Escrito por: Michael Santana
Publicado em: 15/03/2021
Uma perda inestimável
Poderíamos estar perdendo só mais uma espécie como tantas outras que já se foram, sem nem conhecermos.. Mas dessa vez são nossos umbuzeiros que estão indo embora, tão intimamente ligados a nós sertanejos, desde filhos, pais, avós e tantas outras gerações que de alguma forma tiveram ligação com essas árvores centenárias. Considerada a "árvore sagrada do sertão" por Euclides da Cunha, o umbuzeiro serve de suas folhas, raízes e frutos, tanto para animais silvestres como para famílias de baixa renda e seus animais de criação. Os períodos de safra do umbu, é sinônimo de festa para pequenos agricultores extrativistas que garantem o sustento familiar a partir da comercialização do fruto, um alento que coincide com o período de escassez de trabalho na região. No entanto, os últimos anos estão sendo desastrosos para os umbuzeiros, baixa produção de fruto, árvores velhas, debilitadas e morte, são realidades latentes.
Onde estão as árvores mais novas??
Não se vê mais na Caatinga nativa árvores novas!
E quando as árvores idosas morrerem?
O risco de extinção é real para os próximos anos!
É inestimável perder os umbuzeiros, os danos socioambientais e efeitos sinérgicos com outras espécies de plantas, animais e famílias carentes do interior do nordeste são difíceis de serem calculados.
Os umbuzeiros pedem socorro, estão maltratados e esgotados.
O CUIDADO com os umbuzeiros é urgente.
Não deixemos morrer essa riqueza exclusiva do sertão nordestino que tanto tem nos servido.
15/03/2021
5° Workshop do CRAD - Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga
Escrito por: Ana Caroline Coelho Pereira da Silva, Elaine Maiara Bonfim Nunes e Mariana Macario de Lira
Publicado em: 26/02/2021
No dia 26 de fevereiro de 2021 aconteceu o V Workshop do CRAD, com o tema: Desafios da ciência em tempos de crise. O evento contou com a participação de alunos de graduação e pós-graduação de diferentes instituições, como a Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF, Universidade Federal do Ceará - UFC e Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS. A abertura do evento foi realizada pelo Prof. Dr. José Alves de Siqueira, Diretor Científico do CRAD e teve participação da Profª. Dra. Maria Jaciane de Almeida Campelo. Na sequência, os discentes apresentaram projetos de pesquisa, como, iniciação científica, Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e dissertação de mestrado, que estão sendo desenvolvidos no CRAD.
No decorrer do evento foram discutidos temas relevantes relacionados ao ecossistema Caatinga, como: Conservação de espécies chaves da Caatinga, Monitoramento de espécies invasoras, Produção de substratos orgânicos, Biologia reprodutiva de espécies vegetais, Conservação de espécies em áreas de elevada biodiversidade, Recuperação de matas ciliares, Restauração de áreas degradadas e Digitalização do acervo do Herbário Vale do São Francisco - HVASF.
A discussão dos temas e apresentação dos trabalhos científicos são ferramentas para incentivar, despertar e orientar os discentes nas pesquisas desenvolvidas. O momento foi de aprendizagem e conhecimento sobre os temas. O evento em meio às adversidades e dificuldades encontradas na pesquisa foi uma chance de discutir ciência, traçar metas para os próximos passos e reafirmar o compromisso com os projetos propostos. Além disso, esta edição foi o primeiro Workshop realizado com apresentações online, uma vez que devido a pandemia, o evento foi adaptado ao formato remoto.
26/02/2021
O despertar da missão
Escrito por: Tamiris Almeida Ribeiro
Publicado em: 19/11/2020
Sou Tamiris Almeida Ribeiro, natural da cidade de Remanso, município brasileiro no interior do estado da Bahia, às margens do Rio São Francisco. Comecei a estagiar no CRAD (Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas - UNIVASF) em setembro de 2020 e, conheci espécies nativas da Caatinga, bioma presente na região em que nasci e cresci, que não tinha visto em nenhum dos meus 18 anos de vida.
O interesse em fazer um pedido de doação de algumas mudas nasceu ao pensar que os mais velhos e até as novas gerações da minha família poderiam nunca conhecer certas espécies que são uma riqueza nossa, que a gente tem que cuidar e admirar sempre. Eu realizaria o plantio na roça de meu bisavô, Bartolomeu da Silva Amorim, numa região da área rural conhecida como Lagoa do Brejo, deixando a mostra uma de nossas riquezas desconhecidas a qualquer um que passasse por lá.
Escolhi pedir mudas ao Prof. Dr. José Alves de Siqueira, Fundador e Diretor Executivo do CRAD da espécie Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos, pelos seus benefícios, como o poder medicinal que tem, e sua beleza, que com certeza encantará todos, assim como as gerações da minha família.
O pedido foi aceito e realizei o plantio com meu tio avô, Valmir da Siva Amorim, e duas de minhas primas mais novas, Sara Almeida Amorim e Safira Almeida Amorim, no dia 15 de novembro de 2020. Atualmente moro em Petrolina – PE, porém, as mudas ficarão lá sobre os cuidados de meu tio avô e nas minhas idas à Remanso também cuidarei para que elas cresçam bem.
Gostaria de agradecer ao Prof. Dr. José Alves de Siqueira, por autorizar a doação das mudas e confiar que cuidarei delas corretamente, fazendo com que eu possibilite que mais pessoas contemplem uma das riquezas da Caatinga. O meu obrigada também à Elaine Maiara Bonfim Nunes e Mariana Macario de Lira Santos, por me encorajarem a realizar essa belíssima ação, sou grata demais por fazer parte da família do CRAD, que venham muito mais trabalhos para preservar o nosso belo e rico ecossistema.
19/11/2020
Live em comemoração aos 15 anos do HVASF
Escrito por: Elaine Nunes
Publicado em: 11/11/2020
Na próxima sexta (13) às 15h, o Herbário Vale do São Francisco (HVASF) promove Live em comemoração aos 15 anos do HVASF. A Live abordará o tema: “Botânicos em campo em tempos de pandemia” e contará com a participação de personalidades de destaque dos estudos da botânica no país, como Rafaela Forzza (Curadora do Herbário RB/JBRJ), Elton Leme (Pesquisador Associado do JBRJ) e Vinícius Castro (Curador do Herbário ESA/USP), mediada pelo Curador do HVASF e professor da UNIVASF José Alves de Siqueira Filho. A live será transmitida através do canal do Youtube da RTV Caatinga UNIVASF, no link http://abre.ai/desafiosdabotanica. Marque na sua agenda!
11/11/2020
O Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas, CRAD, de portas abertas
Escrito por: Galdino Carvalho da Silva Filho
Publicado em: 30/04/2020
É inegável a importância dos estudos acerca do ecossistema Caatinga. Nesse sentido, o Centro de Referência para a Recuperação de Áreas Degradadas (CRAD) dedica-se desde o ano de sua fundação aos estudos envolvendo esse ecossistema, o Rio São Francisco, e as interações que ocorrem nesses ambientes. Contando com um herbário, e coleções acessórias como carpoteca e xiloteca, além de outros espaços como CRAD dedica-se a transmitir os conhecimentos através de projetos, formar jovens extensionistas e orientar a sociedade mostrando a importância da flora da Caatinga e sua conservação.
Nesse contexto, o Herbário Vale do São Francisco (HVASF), fundado em 2005, possui exemplares de Angiospermas, Gimnospermas, Pteridófitas e Briófitas, além de uma coleção líquida com exemplares de algas e macrófitas aquáticas. Centrando-se na missão de servir de base científica para vários estudos, e atuando como um local de referência na região, o herbário recebe visitas de estudantes de escolas públicas e privadas da região, universidades e de demais integrantes da sociedade a fim de promover educação ambiental, conforme retrata o artigo “A Importância do Herbário Vale do São Francisco para a Educação Ambiental no Semiárido Pernambucano”, publicado na última edição (v. 7, n. 2, p. 189-202, 2019) da Extramuros, Revista de Extensão da UNIVASF.
O Projeto CRAD de portas abertas (PIBEX/UNIVASF), que tem como público alvo os estudantes das escolas públicas e particulares de Petrolina – PE e cidades circunvizinhas, objetiva trazer os estudantes para conhecerem a instituição, elaborando atividades interativas e promovendo educação ambiental e sensibilização dos visitantes. Adaptadas ao público, as visitas guiadas por estagiários, como o atual bolsista do projeto Galdino Carvalho da Silva Filho, sob orientação dos Professores Dra. Maria Jaciane de Almeida Campelo e Dr. José Alves de Siqueira Filho, apresentam o CRAD, o funcionamento e objetivo de cada coleção, as principais famílias, gêneros e espécies das coleções, os métodos de coleta, identificação, a importância das coleções científicas e o seu papel na conservação da diversidade biológica.
Ademais, o Projeto Jardim Sensorial na Univasf: O sentir e o perceber (BIA/FACEPE 2019-2020), também é desenvolvido no CRAD com objetivo central de possibilitar ao público o reconhecimento das sensações apresentadas durante as visitações e construir conhecimentos multidisciplinares de forma dinâmica. Sob orientação da Professora Dra. Maria Jaciane de Almeida Campelo, a aluna bolsista Júlia da Silva Souza e os demais alunos voluntários atuam na realização de atividades que trabalham as percepções sensoriais dos visitantes (tato, olfato, visão, audição e paladar). O projeto, que não se limitou aos muros do CRAD, esteve presente também na Escola de Referência em Ensino Médio Clementino Coelho, (EREMCC), Petrolina-PE, na ocasião da Feira do Conhecimento havendo a integração de todo público.
Considerando tais informações e projetos descritos acima, nota-se a atuação do Centro de Referência para a Recuperação de Áreas Degradadas (CRAD) na comunidade externa e a abrangência de suas atividades extensionistas, possibilitando a troca de saberes diversos, baseando-se numa transmissão dinâmica de conhecimentos com a finalidade de sensibilizar o público para a conservação da fauna e flora da Caatinga, bem como, do Rio São Francisco.
30/04/2020
NOVO PROCESSO SELETIVO - ESTAGIÁRIOS
Escrito por: Ana Alencar
Publicado em: 12/03/2020
12/03/2020
RESULTADO - SELEÇÃO DE ESTAGIÁRIOS 2020/01
Escrito por: Ana Alencar
Publicado em: 11/03/2020
Segue na íntegra o documento oficial com o resultado da seleção de estagiários-2020/01:
11/03/2020
Cinema no Interior: Mérito Histórico e Cutural concedio a o Crad
Escrito por: Galdino Carvalho da Silva Filho
Publicado em: 23/01/2020
Ocorreu entre os dias 18 e 23 de Dezembro de 2019 o “Festival de Cinema no Interior- Edição Especial Velho Chico”, incluindo cidades do sertão pernambucano como Petrolina, Santa Maria da Boa Vista, Orocó, Petrolândia e Cabrobó.
O projeto coordenado pelo cineasta Marcos Carvalho exibiu obras cinematográficas produzidas e protagonizadas pelos moradores de Cabrobó, Santa Maria da Boa Vista, Orocó e Petrolândia, que auxiliados por oficinas formativas deram sequência aos projetos. Além disso, a programação do Festival contou também com mostras itinerantes nas cidades ribeirinhas, palestras, homenagens e premiações.
Durante a ocorrência do Festival, cujo objetivo foi difundir o patrimônio cultural das cidades ribeirinhas do Vale do São Francisco, o professor José Alves de Siqueira Filho foi homenageado com o Mérito Histórico e Cultural “Imortais da Cultura Interiorana” por suas contribuições científicas na tematica da conservação das Caatingas e do Rio São Francisco, através do Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas ao longo dos últimos 15 anos.
23/01/2020
Semana da Criança Espaço Plural
Escrito por: Daniela da Silva Souza
Publicado em: 21/11/2019
O sistema Integrado de Bibliotecas (SIBI) com o apoio da Pró-reitoria de extensão da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) realizou neste mês de outubro a semana da criança na brinquedoteca comunitária do espaço plural, que fica localizado em Juazeiro - BA, rodovia 210 BA, km 4, Malhada da Areia.
O evento teve como objetivo promover uma série de atividades culturais, de interação e inclusão para as crianças de maneira leve e descontraída com a premissa de que, toda criança tem o direito e a liberdade de brincar. Durante os dias 8 e 9 de outubro, 200 crianças da rede de educação infantil e do ensino fundamental I, da escola EMEI Vanda Guerra em Juazeiro estiveram participando deste projeto.
O Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas (CRAD) esteve apoiando o evento doando mudas de árvores de espécies nativas da caatinga. Além das mudas, foram fornecidas orientações sobre o plantio e cultivo das espécies, como uma forma de estímulo para a conservação destas espécies que possuem grande importância para este ecossistema.
Um evento como este revela a importância da comunicação e aproximação entre a universidade e a comunidade, sendo essencial para gerar impactos positivos na sociedade em que está inserida, podendo transformar a realidade dos cidadãos desde cedo.
21/11/2019
O CRAD de portas abertas para I Mostra de Integração da Biologia!
Escrito por: Daniela Souza e Mariana Macario
Publicado em: 21/10/2019
A I Mostra de Integração da Biologia (MIC Bio) foi um evento idealizado pelos alunos de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) em comemoração aos 10 anos do curso. O evento teve como objetivo divulgar a profissão do Biólogo e as várias áreas de atuação do profissional á comunidade acadêmica e aos alunos da rede estadual de escolas da região.
O evento ocorreu de 9 a 12 de outubro, e contou com uma mesa redonda com os professores fundadores do curso, visitações dos alunos do terceiro ano do ensino médio aos laboratórios e setores da biologia na UNIVASF Campus Ciências Agrárias, exposições dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos do curso de Ciências Biológicas e publicação de textos explanando algumas áreas de atuação do biólogo como: gestão ambiental, recuperação de áreas degradadas, resgate de fauna, microbiologia e hematologia nas redes sociais.
O Centro de referência para recuperação de áreas degradadas (CRAD) recepcionou cerca de 100 estudantes do ensino médio, apresentando as coleções científicas do centro: Coleção de sementes, Coleção de madeiras (Xiloteca), Coleção de exsicatas (Herbário) e Coleção de plantas vivas, além disso, os estudantes participaram de palestras sobre gestão ambiental.
A culminância do evento contou com uma exposição de trabalhos científicos desenvolvidos na universidade realizada no Parque Josepha Coelho. A I MIC Bio alcança o objetivo de apresentar os projetos desenvolvidos pelos discentes e docentes da UNIVASF, com o propósito de divulgar as pesquisas desenvolvidas na universidade á comunidade e estimular os estudantes do ensino médio a ingressarem em uma universidade pública e qualificada.
21/10/2019
Centro de Referência para Recuperação da Caatinga agoniza: Órgão científico e educacional pode fechar as portas por falta de recursos
Escrito por: André Pessoa
Publicado em: 11/09/2019
Enquanto o mundo se mobiliza em defesa da Amazônia chamuscada pela fumaça do retrocesso das politicas ambientais, a porta de entrada do "coração" do planeta, a relegada Caatinga que de tão mágica transforma folhas em espinhos para seguir adiante, continua virando deserto.
Pior. Seu mais completo banco de dados, o Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga (CRAD), órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente e a Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), agoniza por falta de verbas e apoio.
Agora, na eminência da demissão dos últimos 5 funcionários incluindo um dos mais antigo deles responsável pela manutenção do viveiro, os pesquisadores e estudantes lançaram uma campanha de financiamento através da plataforma Vakinha: "Ajude o CRAD a continuar cuidando do Velho Chico e da Caatinga", numa referência ao rio São Francisco que corta grande parte do Bioma.
O CRAD tem como criador, baluarte e principal defensor o mestre José Alves de Siqueira Filho, autor da obra Flora das Caatingas do Rio Sao Francisco, ganhador do prêmio Jabuti de literatura em 2013. No documento postado na internet, Alves explica que nos últimos 13 anos, o CRAD vem produzindo ciência e tecnologia pioneiras sobre a vegetação nativa das Caatingas e do Rio São Francisco.
"O conhecimento sobre a biodiversidade se encontra em suas diversas coleções científicas com cerca de 24.000 amostras de plantas desidratadas no Herbário (Figura 01), 430 registros de madeiras na Xiloteca, 1.160 lotes de sementes no banco de germoplasma, além da capacidade de produção de 100.000 mudas nativas da Caatinga no viveiro, além de uma importante coleção viva de plantas endêmicas, raras e ameaçadas de extinção", garante o pesquisador pernambucano.
Figura 01. Material do herbário deteriorado por ataque de praga.
Estas coleções são importantes para consulta dos alunos de diversos cursos de graduação e prós-graduação da Univasf e de todo o Brasil. Os experimentos de recuperação de áreas degradadas, por sua vez, apontam os principais fatores que causam a degradação e a desertificação da Caatinga e as técnicas mais adequadas para a recuperação funcional dessas áreas, assim como desenvolver protocolos de revitalização do Rio São Francisco, especialmente através da recuperação das matas ciliares.
Apesar da pequena quantia de R$ 35 mil estabelecida como meta da mobilização, depois de quase 30 dias de criação o programa não ultrapassou 3% a arrecadação, no fechamento dessa matéria, de R$1.165,00, deixando os responsáveis pelo projeto ainda mais desesperados. Num momento aonde até as bolsas do CNPq estão ameaçadas por falta de recursos, a resistente Caatinga continua enfrentando seus dramas.
11/09/2019
Dia de ação sobre o Velho Chico
Escrito por: Daniela da Silva Souza, Mariana Macário de Lira Santos & Elaine Maiara Bonfim Nunes
Publicado em: 27/05/2019
No dia 27 de maio de 2019, o Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga (CRAD) realizou m evento muito especial “o Dia de ação sobre o Velho Chico”. Com uma programação destinada para as questões sócio-ambientais do Rio São Francisco com a participação da comunidade ribeirinha, pescadores e pequenos agricultores, acadêmicos e sociedade civil.
Durante o evento Tivemos a oportunidade de mostrar os projetos desenvolvidos no CRAD como os laboratórios e as coleções científicas de xiloteca, carpoteca, sementes, herbário e coleção viva, onde ocorreu intensa a troca de conhecimentos científicos e populares. A universidade oferece a comunidade, uma prestação de contas do que é realizado no dia a dia e atua para integração no contexto acadêmico.
Pela manhã foi realizada uma visita técnica no CRAD com a presença do vice-reitor da Univasf Télio Nobre Leite. Á tarde ocorreu uma mesa redonda com os palestrantes, Maria Alice Borges da Silva, de Juazeiro-BA, da associação de pescadores e pescadoras da lagoa do Curralinho/Itamotinga; Hermes Novais Neto de Santa Maria da Vitória-BA, do Oeste da Bahia; Zacarias Ferreira da Rocha de Casa Nova-BA, da Articulação de fundo e fecho de pasto da Bahia e Dona Maria Tumbalalá da região de Curaçá e Abaré - BA representando o povo indígena Tumbalalá. Na ocasião foi discutida a situação atual do Rio São Francisco, o papel da comunidade e universidade na construção de estratégias de revitalização do rio e entornos.
Figura 1. Evento: Dia de reflexão sobre o Velho Chico. Visita técnica ao CRAD e mesa redonda.
"No contexto do Vale do São Francisco, onde a riqueza da vegetação local trava embate com o desenvolvimento urbano e do agronegócio, o CRAD se apresenta como amostra preservada do passado e chance de revitalização do futuro, com a manutenção da memória das espécies naturais. Estudos de diversidade biológica precisam ser embasados em provas documentais. No caso dos estudos de florística e taxonomia, por exemplo, tais provas documentais estão depositadas em forma de coleções botânicas, como as do CRAD. Essa estratégia de longo prazo irá atender a comunidade acadêmica, sendo um investimento contínuo na formação de profissionais e pesquisadores habilitados na preservação do acervo biológico e genético das riquezas da Caatinga. Conhecer o CRAD foi poder ver os problemas do Rio São Francisco e da vegetação do Vale apresentados por pessoas que conhecem essa realidade de perto. Graças à visita, pudemos destacar os desafios de preservação e discutir possíveis soluções, como ações em defesa do Velho Chico e revitalização das áreas e espécies vegetais já atingidas pela ação do homem. A visita ao centro se fez muito válida a nós, estudantes e pensadores ainda na graduação, por ser uma experiência engrandecedora que gerou em nós o senso de responsabilidade ambiental e, assim, muito contribuiu com o futuro da preservação local do Vale do São Francisco." Giovana Ferreira (Graduanda de Medicina/UNIVASF).
"Os aspectos mais marcantes para mim, em primeiro lugar, é a sintonia homem natureza, em que é perceptível nas plantas a “gratidão” por receber o mais delicado cuidado, se expressando através das suas cores e da sua paz exalada no ambiente esse agradecimento. Outro fator que me marcou, não menos importante foi a alegria dos que ali trabalham, e a satisfação em receber visitas, como se fosse uma espécie de mostrar as belezas que é ter o retorno de cuidar do meio ambiente, nos fazendo refletir sobre o que temos feito para valorizar nosso bioma que está ligado intrinsecamente com nossa cultura, com nosso povo e porque não com nossa individualidade que é modelada por nossa natureza regional. Nesse sentido, pode-se confirmar a importância dessa visita, de cunho crítico mas que nos tocou o coração, afinal o contato com a natureza junto ao afastamento dos meios tecnológicos nos faz bem, trás a paz e nos faz prestar atenção em cada detalhe daquele local. O aspecto negativo, na verdade, não diz respeito ao local, mas sim ao tempo, poderíamos ter passado mais tempo para conhecermos mais e mais daquele local. Daí surge a importância de novas visitas, a novos Campus, para termos contato com novas pesquisas, lugares e pessoas que nos motivam a valorizar e fazer valer nascer no sertão e estudar para torná-lo cada vez melhor". Daniel Henrique Ramalho Nunes (Graduando de Medicina/UNIVASF)
À noite no campus centro da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) tivemos uma palestra ministrada por Dom Luís Cappio, intitulada: "Qual o mundo que queremos deixar para os nossos filhos?" e que trouxe profundas reflexões sobre o nosso papel de responsabilidade diante do maior patrimônio da região, o rio São Francisco. Um momento inspirador assim como todo o dia do evento, discutimos, pensamos, refletimos, porém mais do que tudo isso é a ação. O que faremos para defender e conservar o nosso rio? Revitalizar as margens replantando árvores nativas, não jogando lixo nas ruas, cobrando das autoridades da nossa cidade providências para que esgoto não tratado não seja mais jogado diretamente no rio, enfim, precisamos agir.
Figura 2. Palestra proferida pelo Dom Luiz Cappio, no campus sede a noite como encerramento do evento.
27/05/2019
Vivência nas Escolas Indígenas das Aldeias Pipipãs, município de Floresta, Pernambuco
Escrito por: Jussara Keila Nascimento de Souza & José Alves de Siqueira Filho
Publicado em: 18/09/2018
A dinâmica, organização e os desafios do currículo indígena nas Escolas Indígenas Pipipãs, localizadas no município de Floresta, em Pernambuco, tem sido estudadas no âmbito do projeto de pesquisa do mestrado em Extensão Rural da UNIVASF iniciado em agosto de 2017. No período de 14/05/2018 à 16/05/2018 ocorreram os primeiros contatos com as comunidades escolares através de uma visita técnica nas aldeias Pipipãs em Floresta (PE) por parte da equipe de execução deste estudo.
As comunidades indígenas dos Pipipãs estão localizadas nas aldeias do Travessão do Ouro, Capoeira de Barro, Caraíbas e Faveleira, na zona rural deste município. O tema do projeto é a gestão e ambientação das escolas indígenas da etnia Pipipã, intitulado “Convergências, disputas e alternativas: unidade de conservação e território indígena”, com o objetivo de conhecer a cultura Pipipã e a prática escolar nas aldeias.
O objetivo principal foi realizar o primeiro contato com as comunidades e analisar os discursos e narrativas dos indígenas sobre suas memórias para compreender as consequências culturais causadas pela sua identidade com a Serra Negra, onde se localiza uma unidade de conservação da categoria Reserva Biológica criada através do decreto 28.348 de 07 de junho de 1950, a mais antiga Reserva Biológica do Brasil.
As lideranças Pipipãs guardam conhecimentos passados ao Pajé Expedito Roseno dos Santos pelo seu falecido pai Joaquim Roseno, o Cacique Waldemir Lisboa, o Juremeiro Inácio Silva e os professores indígenas dessas aldeias Pipipãs que são os caminhos a serem percorridos na pesquisa, compartilhando conosco as suas singularidades, seus costumes.
A identidade cultural é expressa na sua organização interna, na retomada da valorização do “Aricuri” desde1994 no território da Serra Negra onde está situada a Reserva Biológica da Serra Negra, sob a responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Entre os principais desafios dos Pipipãs se destaca a homologação do território Pipipã pela FUNAI e a educação diferenciada nas quatro escolas das aldeias: Escola Estadual Joaquim Roseno (Travessão do Ouro), Menino Jesus (Capoeira de Barro), Tibúrcio Lima (Faveleira) e a Escola Estadual Antônio Francisco da Silva (Caraíbas).
Refletindo sobre a tradição e seu contexto é necessário conhecer o trajeto histórico dos Pipipãs em suas mobilizações, para tanto, o contato inicial sobre a realidade vivenciada nas escolas e o significado da Serra Negra para os indígenas são formas de estabelecer o diálogo sobre a importância de conservar a memória histórica dos povos indígenas praticamente extintos no semiárido nordestino. Deste modo, as visitas resultaram em um esforço que reuniu memórias referentes à Serra Negra, que exprimem o significado para os indivíduos remanescentes. Os eixos da educação escolar do povo indígena Pipipã são identidade, história, organizaçãoe interculturalidade, que serão estudados comparando com a história de outras comunidades indígenas e sua relação com unidades de conservação no Brasil. Ademais, a reflexão sobre a expulsão de suas terras por fazendeiros.
Como termômetro de sensibilização da comunidade foram plantadas mudas de espécies nativas da caatinga tais como Juazeiro, Mulungú, pau d'arco e Aroeira para serem cultivadas pelos alunos e profesores das escolas indígenas. Espera-se que esta simples iniciativa seja útil para estimular estudantes, professores, pais e lideranças Pipipãs, como Gerôncio, Valdemir, Francisco, Aldeni, Lourival, Eleuza, Edijalva, Edivan e Benedito, através do compartilhamento de ideias de valorização da educação, do meio ambiente, da saúde e qualidade de vida dentro do universo Pipipã.
Figura A)Escola Estadual Indígena Joaquim Roseno dos Santos, localizada na Aldeia Travessão do Ouro; B) Escola Estadual Indígena Menino Jesus, localizada na Aldeia Capoeira do Barro; C) Escola Estadual Indígena Tibúrcio Lima, localizada na Aldeia Faveleira; Escola Estadual Indígena Antônio Francisco da Silva, localizada na Aldeia Caraíbas.
18/09/2018
Educação ambiental contextualizada: Disseminando saberes sobre a Caatinga e o Rio São Francisco
Escrito por: Joanilson Gomes de Albuquerque & Erick Douglas Souza Almeida
Publicado em: 30/08/2018
O Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas (CRAD/UNIVAF) vêm desenvolvendo ao longo desse semestre o projeto de extensão intitulado “A UNIVASF de portas abertas para as escolas públicas e particulares de Petrolina: Educação ambiental é disseminar saberes sobre a Caatinga e o Rio São Francisco”, a partir do Programa Institucional de Bolsas de Extensão (PIBEX) 2017-2018. O projeto tem por objetivo disseminar as ações de pesquisa desenvolvidas no CRAD ao longo dos seus 13 anos de existência.
O projeto recebeu as escolas: Escola Marechal Antônio Alves Filho –EMAAF (Petrolina-PE) e Educandário N. Sra do SS. Sacramento (Senhor do Bonfim-BA), nos dias 20 de junho e 09 de agosto, respectivamente. As visitas somaram com a participação de 160 alunos da rede pública e privada de ensino, que tiveram a oportunidade de aprender mais acerca dos estudos desenvolvidos pelo CRAD, bem como sua importância social, na educação ambiental e recuperação de áreas degradadas. Durante a visita, os estudantes puderam conhecer o viveiro de espécies nativas das caatingas, no Viveiro Vale do São Francisco (VIVASF), além da coleção do Herbário do Vale do São Francisco (HVASF), contando hoje com mais de 23 mil espécies em exsicatas, e o laboratório de beneficiamento e estocagem de sementes da flora nativa (LAS).
Figura 1. Alunos do Ensino Médio do EMAAF conhcendo o CRAD.
O projeto de extensão utiliza de questionários para diagnosticar quais são os conceitos que os alunos incorporaram ao longo de sua vivência escolar acerca da conservação dos ecossistemas da Caatinga e do Rio São Francisco. Tal diagnóstico tem por finalidade identificar equívocos e sanar as dúvidas durante as visitas, para aprimorar a sensibilidade dos estudantes para questões atuais da Biologia da Conservação. O projeto segue com sua primeira etapa e já se prepara para as demais dinâmicas que ocorreram no próximo semestre letivo.
Figura 2 . Visita das crianças do Educandário N. Sra do SS. Sacramento ao CRAD.
30/08/2018
Atividades de Extensão do CRAD na Feira de Arte Cultura e Ações Comunitárias (FACA)
Escrito por: Clarissa Campello
Publicado em: 06/08/2018
O Centro de Referências de Recuperação de Áreas Degradadas das Caatingas (CRAD/UNIVASF) participou nos dias 14 e 15 de julho de 2018 da Feira de Arte, Cultura e Ações Comunitárias (FACA) na cidade de Juazeiro/BA, no Centro de Cultura João Gilberto.
A proposta da feira é reunir produções de diversas linguagens artísticas em um espaço de troca, exposição e apresentação de cultura regional local, promovendo atividades que envolvem Arte, Cultura e Ações Comunitárias. A feira FACA é uma iniciativa da DACC promovida pela Pró-Reitoria de Extensão (PROEX/UNIVASF) em parceria com toda comunidade acadêmica, secretarias municipais de cultura, setores privados e coletivos que atuam com teatro, artes visuais, música, dança, cinema, entre outras linguagens.
O stand do CRAD expunha sementes e árvores de espécies nativas das Caatingas, além de divulgar livros publicados pelo centro, e mudas produzidas no viveiro do CRAD. Funcionários, Biólogos e alunos dos cursos de Ciências Biológicas e Agronomia esclareciam ao público visitante sobre a riqueza de nossas espécies nativas e a importância de cultivá-las, incentivando a substituição planejada das espécies invasoras que promovem a intoxicação e esterilização do solo e comprometem a biodiversidade, tais como o Nim (Azaradica indica) e a Algaroba (Prosopis pallida).
O CRAD também promoveu o plantio das mudas nativas no entorno do Centro de Cultura João Gilberto utilizando o princípio de miniecossistema , uma técnica desenvolvido pelo professor José Alves de Siqueira, que ministrou uma oficina de plantio para os presentes.
A FACA corta, atravessa, multiplica e transforma o cenário da cidade, com o intuito de realizar um encontro entre os vários atores que participam no processo de construção da sociedade. Agradecemos à participação do CRAD no evento e contamos com sua colaboração para a próxima edição da feira na cidade de São Raimundo Nonato, Piauí, em 2019.
06/08/2018
Área de proteção da Caatinga na Bahia é criada após 16 anos de estudo
Escrito por: Mario Bittercourt
Publicado em: 12/04/2018
Depois de 16 anos de estudo, um território do tamanho de 851 mil campos de futebol, no sertão da Bahia, se tornou um mosaico de unidades de conservação para preservar os últimos remanescentes em área contínua do bioma Caatinga no Brasil.
O decreto da Presidência da República com a criação do Parque Nacional e Área de Proteção Ambiental (APA) Boqueirão da Onça foi publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (6).Na divisão da área total, que abrange as cidades de Sento Sé, Campo Formoso, Sobradinho, Juazeiro e Umburanas, 345.378 hectares ficaram com o Parque Nacional, para proteção integral do bioma Caatinga, e 505.680 hectares para a APA.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), na área do Parque Nacional serão permitidas apenas atividades de turismo e pesquisa – mas antes disso terá de ser feito um plano de manejo, o que deve ficar pronto no prazo estimado de um ano.
Na futura APA são permitidas atividades econômicas, desde que baseada no uso sustentável dos recursos naturais. A área da APA já abriga empresas de energia eólica, o que gerou debates que duraram anos, até a formulação da proposta final.
Outras quatro unidades de conservação foram criadas no mesmo decreto do Boqueirão da Onça, que veio acompanhado ainda da implantação do Plano Nacional de Fortalecimento das Comunidades Extrativistas e Ribeirinhas (Planafe).
As medidas buscam, de um lado, ampliar o conjunto de áreas protegidas nos biomas Amazônia, costeiro-marinho e Caatinga e, de outro, promover a integração das políticas públicas de melhoria da qualidade de vida e de produção sustentável para milhares de famílias que vivem do extrativismo no país.
As demais unidades criadas são as reservas extrativistas Itapetininga, Arapiranga-Tromaí e Baía do Tubarão, no Maranhão. A implantação das unidades é uma reivindicação antiga de ambientalistas, populações tradicionais e extrativistas e de outros segmentos da sociedade.
Área selvagem
O Boqueirão da Onça, segundo o pesquisador José Alves Siqueira, doutor em biologia vegetal pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), “é a última grande área selvagem de todas as caatingas do Nordeste brasileiro”.
A flora nativa apresenta grande diversidade – recentemente, 97 novas espécies foram catalogadas.
“Pesquisas iniciadas em 2006 apresentam uma flora rica, com mais de 900 espécies de plantas reunidas em 120 famílias botânicas, com espécies endêmicas da Caatinga, ameaçadas de extinção e até novas espécies que serão apresentadas brevemente à comunidade científica e que já se encontram no limiar da extinção”, informou Siqueira.
No Boqueirão habitam cerca de 30 onças pintadas, que estão em extinção, e outras cerca de 120 onças pardas. Também estão no local – em extinção – o tamanduá bandeira, o tatu-bola, o gato mourisco e o gato-do-mato.
Entre as aves em risco de desaparecer, há a arara-azul-de-lear e o jacu estalo. Répteis, anfíbios e insetos ainda a serem estudados completam o quadro da fauna selvagem do Boqueirão.
Na APA do Boqueirão está a Toca da Boa Vista, maior caverna brasileira, com 97,3 km de extensão. Ela se interliga com Toca da Barriguda (28,6 km), formando um complexo único, tornando-se a maior caverna do Hemisfério Sul, com mais de 120 quilômetros já explorados.
(Foto: Divulgação/Icmbio)
Refúgio
Maior felino das Américas, a onça pintada tem na região um dos principais refúgios em área natural. Os biólogos dizem que a espécie já perdeu 55% da área de sua distribuição original.Segundo pesquisadores, no Brasil, a onça pintada está criticamente ameaçada na Caatinga e na Mata Atlântica, e por isso projetos vêm sendo desenvolvidos com vistas à proteção animal, com foco nas onças, vítimas de criadores de animais da região que veem seu rebanho diminuir por conta do ataque dos animais.
“Estamos incentivando os criadores a construir currais para guardar os animais à noite, pois muito os deixam soltos e aí as onças atacam”, disse o coordenador substituto do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), ligado ao Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), Rogério Cunha de Paula.
Cláudia Bueno de Campos, coordenadora do Programa Amigos da Onça, do Instituto Pró-Carnívoros, explica que as onças são espécies conhecidas como “guarda-chuva” por estarem no topo da cadeia alimentar. “Uma vez protegidas, essa proteção se estende para as demais espécies”, completa.
Sítios arqueológicos
Na unidade de conservação também estão o que pesquisadores chamam de a maior concentração de sítios arqueológicos do Brasil, com cerca de 3.000 pontos, espalhados em boqueirões e grotas, onde estão figuras rupestres de homens cuja habitação inicial remonta há 16 mil anos. Os sítios estão na área de Sento Sé.
A riqueza arqueológica local é vista como forte potencial para atrair turistas, a exemplo do que ocorre no Parque Nacional da Serra da Capivara (Piauí), onde se descobriu mais de 1.300 sítios arqueológicos, em 40 anos de pesquisa.
Alvandyr Dantas Bezerra, pesquisador do Instituto Habilis e do Grupo de Pesquisa Bahia Arqueológica, realizou em 2017 levantamento de sítios arqueológicos na região de Sento Sé com vistas à criação de um circuito de turismo, a pedido da Prefeitura local.
“O potencial turístico lá é enorme. O que deu para perceber, de início, é que muitos terão de ficar disponíveis para visitação, e outros para pesquisa científica”, contou. Na Serra da Capivara, por exemplo, a visitação é aberta em 173 sítios.
Bezerra estima que agora, com o decreto presidencial, o projeto de visitação inicial dos sítios pode ficar pronto em dois anos - com o tempo, se vai liberando mais locais onde o turista possa ir. Mas isso depende ainda da elaboração do plano de manejo pelo MMA.
“Com o decreto, vamos dar início a elaboração desse plano e liberar locais onde possa ocorrer a visitação turística. Ao invés de fazer um plano de manejo completo, que contemple tudo, vamos fazer aos poucos para que as visitas possam ocorrer, tanto nos sítios arqueológicos quanto na área da Caatinga”, disse Moara Menta Giasson, diretora de áreas protegidas da Secretaria de Biodiversidade do MMA.
O Boqueirão também tem papel chave na segurança hídrica na região. Importantes nascentes localizadas nos planos mais altos do Boqueirão irrigam o solo seco do sertão, garantindo condições de vida para comunidades urbanas e rurais.
Algumas das nascentes foram incluídas nos limites do futuro parque nacional, cuja criação é esperada também por entidades internacionais de proteção ambiental, como o WWF. “Hoje, dos 11% que restou da vegetação original do bioma Caatinga, apenas 2% é legalmente protegido. Então, qualquer iniciativa de conservação na Caatinga é bem-vinda”, declarou Jaime Gesisky, especialista em Políticas Públicas do WWF-Brasil.
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Criação de unidades de conservação favorece ao desenvolvimento regional
Com a criação das novas áreas protegidas, abre-se a oportunidade para iniciativas de desenvolvimento regional com inclusão das populações tradicionais e mitigação dos impactos dos empreendimentos – sobretudo do setor eólico – que estão sendo direcionados para a região devido à abundância de ventos durante todo o ano.
“Recuperação da vegetação nativa, apoio à conservação das espécies e envolvimento das comunidades locais precisam entrar no radar dessas empresas ”, observa Jaime Gesisky, especialista em Políticas Públicas do WWF-Brasil.
“Isso se chama responsabilidade socioambiental, e os acionistas dessas empresas gostarão de saber que elas estão ajudando a conservar a riqueza da Caatinga”, completa.
“A implantação do parque nacional e da APA do Boqueirão da Onça deve partir de uma visão inovadora. Além do ecoturismo latente a região é rica em ventos. Uma coligação de empresas de enérgica eólica com o turismo garantirá que esse mosaico atraia recursos financeiros e seja um dos mais queridos do sistema brasileiro por sua beleza e valores excepcionais”, destacou o secretário de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente (MMA), José Pedro de Oliveira Costa.
Cerca de 30% do território da APA já é ocupado com empresas de energia eólica. O local é considerado o melhor do Brasil para geração desse tipo de energia, segundo o MMA, que apoia os empreendimentos.
Dentro da APA vivem cerca de 250 famílias em 27 comunidades de fundos de pasto e quilombolas que não causam problemas. Eles vivem da agricultura e da criação de pequenos animais, sobretudo caprinos e ovinos.
A ideia inicial do MMA, que iniciou os estudos em 2001, era criar um parque nacional, para proteção integral do bioma, com 900 mil hectares. Porém o interesse econômico na área onde fica a APA atrasou as negociações.
Além das empresas geradoras de energia eólica, mineradoras e garimpeiros passaram a atuar na região por causa da descoberta de uma mina de pedras de ametista em Sento Sé, que já vinha sendo explorada, mas só veio a ter impulso em 2017, quando cerca de 20 mil pessoas foram para lá.
A solução para configurar o desenho da APA foi deixar as áreas de interesse das mineradoras de fora e permitir as eólicas, cuja área ocupada abrange cerca de 30% do que será o território da área de preservação permanente.
“Ela [a energia eólica] é também incentivada por nós por ser fonte de energia limpa, e o Boqueirão da Onça é a região que tem mais potencial para a geração desse tipo de energia no Brasil”, declarou o coordenador geral de Políticas para Áreas Protegidas do MMA, André Luís Lima.
12/04/2018
Boqueirão da Onça, o sítio mais selvagem da Caatinga baiana
Escrito por: José Alves de Siqueira Filho
Publicado em: 07/04/2018
Nos últimos 13 anos de passagem pelo Sertão, escrevi um capítulo especial dedicado a causa da Conservação do Boqueirão da Onça e da Caatinga, ainda selvagem. Muitas expedições, coletas botânicas, insalubridade de todos os lados, aprendizados. Tive o privilégio de conhecer o que muitos sequer irão acreditar. As ações transformadoras e perenes na Caatinga exige um esforço adicional diante do desafio da educação que chegou muito tarde neste Brasil de capitais litorâneas. A criação e a gestão eficiente de áreas protegidas pelo poder público é também refúgio e lazer de quem vive em cidades violentas e desvitalizadas.
Milhares de hectares de Caatinga íntegra no município de Sento Sé, Bahia
Após dezenas de expedições científicas conduzidas pela equipe do Centro de Referência para a Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga (Crad/Univasf) inciadas em 2006 apresentam uma flora rica e surpreendente com mais de 900 espécies de plantas reunidas em 120 famílias botânicas, com espécies endêmicas da Caatinga, ameaçadas de extinção e até novas espécies que serão apresentadas brevemente à comunidade científica e que já se encontram no limiar da extinção. A flora do Boqueirão da Onça pode ser apreciada através de centenas de imagens disponíveis no Herbário Vale do São Francisco - HVASF através do link: www.hvasf.univasf.edu.br
Coletas botânicas da equipe do Herbário Vale do São Francisco (HVASF) em 12 anos de pesquisa
O complexo do Boqueirão da Onça reúne paisagens únicas de várias fisionomias de Caatinga, além de Campos rupestres, Cerrados, além de elementos amazônicos e atlânticos encontrados em porções úmidas relictuais conhecidos como Boqueirões, locais de refúgio de fauna, água pra matar a sede, onde o sertanejo planta seu roçado de banana, mandioca e feijão, e convive com pinturas rupestres milenares, um dos sítios arqueológicos mais importantes do Brasil reflexo de um passado de natureza lúdica, cujo homem e natureza eram realmente e não virtualmente conectados.
Pintura rupestre na grota dos Pinga, em Lage dos Negros, Campo Formoso, Bahia
Neste cenário superlativo e único, a região sofre ameaças de mineradoras, do complexo de usinas eólicas, o maior projeto em instalação no Brasil e que precisa de uma ação mais enérgica do governo para seu planejamento e regulamentação. Recentemente, o Boqueirão da Onça ganhou destaque na midia nacional com a descoberta de uma jazida de ametista que provocou uma corrida com cerca de vinte mil garimpeiros de todos os recantos no Brasil em 2017. As comunidades locais reclamam de abusos e violência, além da extração de madeira, caça de animais silvestres e furto dos rebanhos.
Por toda essa riqueza ainda desconhecida do povo brasileiro e pelo conflito de interesses exploratórios e imediatistas, a decisão de criar o Parque Nacional do Boqueirão da Onça chega tarde e tímida, longe do ideal traçado pelos técnicos do ICMBIO e cientistas envolvidos no processo ao longo dos últimos 12 anos, mas considero um passo importante e efetivo do governo brasileiro para honrar a Caatinga, o único bioma exclusivamente brasileiro com apenas 2% de seu território protegido pela legislação federal.
Mais um fôlego para onças pintadas, tatus-bolas e flores únicas do sertão. Os municípios de Juazeiro, Campo Formoso, Sobradinho, Umburanas e Sento Sé tem nova oportunidade para gerar riqueza através dos incentivos fiscais, devem aplicar os repasses federais diretamente no turismo científico, rural e pedagógico pautados na educação, o instrumento mais poderoso de transformação da nação.
Tatu-bola, espécie ameaçada de extinção, tem uma de suas últimas populações encontradas no Boqueirão da Onça, sertão da Bahia
José Alves de Siqueira Filho
Professor Crad/Univasf
jose.siqueira@univasf.edu.br
Em 13 de março de 2018
07/04/2018
Atividades de Extensão do CRAD/UNIVASF na Maior Feira de Caprinos e Ovinos de Pernambuco
Escrito por: Dayane Fernandes, Valdisia Celestino e José Alves
Publicado em: 09/06/2017
O Centro de Referências de Recuperação de Áreas Degradadas das Caatingas (CRAD/UNIVASF) participou nos dias 18, 19 e 20 de maio de 2017 da feira de caprinos e ovinos “Capri Show” na cidade de Dormentes-PE, no Pátio Cultural de Eventos da cidade, considerada a maior feira de Caprinovinocultura de Pernambuco.
O stand do CRAD teve uma posição de destaque logo na entrada da feira evidenciando os trabalhos feitos pelo centro, com a participação de biólogos e alunos dos cursos de Ciências Biológicas, Engenharia Agronômica e Zootecnia da UNIVASF. O stand foi amplamente visitado pela comunidade local, autoridades políticas, produtores, pesquisadores, alunos do IF-Sertão e UNIVASF.
O CRAD, por sua vez, desenvolve atividades de extensão fundamentais junto à sociedade em razão da importância da flora das Caatingas e seu imenso potencial forrageiro e às questões fundamentais sobre o manejo ideal de caprinos e ovinos que pode acarretar em graves problemas ambientais como acelerar os processos de desertificação, que por consequência inviabiliza uma das principais atividades econômicas do semiárido, uma vez que estes animais são criados soltos nas Caatingas de modo extensivo, isto é, com um manejo muito rudimentar a despeito de toda a tecnologia disponível para tornar a caprino e ovinocultura, uma atividade sustentável no semiárido brasileiro.
O CRAD também realizou a doação de mudas de espécies nativas das Caatingas produzidas no viveiro do CRAD, promovendo à comunidade o conhecimento e o incentivo do plantio de espécies nativas, substituindo as espécies invasoras como o Nim (Azaradica indica) e a Algaroba (Prosopis juliflora), que promovem intoxicação do solo e o empobrecimento da comunidade de espécies nativas com alto poder de forragem tornando os ambientes de Caatingas estéreis e colapsados.
09/06/2017
A Encíclica Verde e seu significado para a Caatinga
Escrito por: Erick Douglas Souza Almeida
Publicado em: 05/06/2017
Em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente no próximo dia 05 de unho, a arquidiocese de Feira de Santana (BA) realizou no último dia 02 de junho de 2017, na Carnaíba do Sertão, município de Juazeiro (BA) um estudo sobre a encíclica Laudato Si, escrita pela Vossa Santidade, Papa Francisco, que está sendo estudada pelas dioceses de todo o Brasil. Conhecida como a Encíclica Verde, é reconhecida como uma das mais modernas e progressistas encíclicas redigidas por um Papa na história da igreja católica. o estudo da Encíclica que contou com a participação das dioceses de todo o sertão baiano, bem como com os representantes regionais das Pastorais.
No evento foram convidados dois palestrantes oferecer ao debate da mesa redonda a visão técnica e científica acerca dos problemas sócio-ambientais do ecossistema Caatinga. José Moacir dos Santos do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA) e o Biólogo Erick Douglas Souza Almeida, representando o Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradas (CRAD/UNIVASF).
O evento iniciou com a apresentação de todos os presentes e foram cantados hinos de louvor a Deus que enfatizavam o cuidado com a casa comum, o nosso planeta. Erick Almeida, contextualizou a Encíclica com os problemas enfrentados pelos catingueiros, apresentando a Caatinga como presente de Deus Criador, e os catingueiros como uma classe social que deve estar em constante luta para defender a sua região, seu povo e a cultura sertaneja. Foram discutidos diversos temas acerca dos desafios presentes e futuros para a conservação da Caatinga consoante aos temas abordados pela Laudato Si.
A encíclica tem a proeza de contextualizar todos os problemas sócio-ambientais da atualidade com a espiritualidade, trata as ciências como um aliado na solução desses problemas. Ela contém críticas para ambos os lados. A ciência que vem ampliando sua habilidade de transformar o mundo material com suas novidades tecnológicas, porém, não preocupa-se em mudar as pessoas. E a religião, que por tempos não atentou para o cuidado com nosso bem maior, a Terra, que é a casa de todos. Em seu texto o Papa Francisco deixa claro a universalidade do que propõe, não se trata de um comunicado aos católicos, e sim, um chamado a todos os povos.
05/06/2017
O amor existe
Escrito por: Andrea Santana
Publicado em: 04/05/2017
Muita gente canta o rio São Francisco dizendo que ele está quase morto, que a vegetação devastada não cumpre mais de forma eficiente sua função de proteção, que a fauna está desaparecendo, que os peixes estão morrendo, que o rio é um poço de agrotóxicos, que a cultura das populações ribeirinhas está em perigo.
Muita gente cala, escondendo ou não querendo enxergar os problemas que ele tem, ou ajudando a aumentar ainda mais o abismo que separa esse enorme corpo d’agua, que é a alma do sertão, da realidade de seu povo.
Como parte das filmagens de um documentário com as mulheres que vivem na beira do Velho Chico, acompanhei uma pequena equipe de pesquisadores do Crad (Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas - UNIVASF), os estudiosos da caatinga que beija aquele rio, num trabalho de campo realizado em um trecho que vai de Pedrinhas (distrito de Petrolina, Pernambuco) até Curaçá (Bahia). Um dia dentro do rio. O objetivo da expedição era colher sementes das espécies que compõem a mata ciliar, que auxilia na proteção do rio. São árvores presentes na beira do rio, da nascente até a foz. Muitas estão morrendo ou estão doentes. As sementes seriam colhidas para análise e para produzir mudas que permitam o reflorestamento, que é um desafio muito grande.
A viagem começou tranquila.
Quem entra no rio sem saber nada dele, sem ouvir os protestos dos que sofrem, fica maravilhado com sua beleza e imensidão. E não dá para não se sentir pequenina e ser invadida por sua força e exuberância.
Enquanto fechava os olhos para deixar o vento acariciar meu rosto e deixar o cheiro da água e da vegetação me invadir, me senti feliz de poder navegar num rio que sempre morou dentro de mim através dos textos e músicas de grandes poetas como João Guimarães Rosa, e Caetano Veloso.
Depois de uma meia hora de viagem cruzamos o primeiro barco de pescadores. Como íamos fazer nossa primeira parada, eles acostaram conosco para tratar os poucos peixes que haviam pescado e que seriam nosso almoço. Um peixe chamado pacu, que os pesquisadores não tem certeza de que é um peixe nativo do rio, mas os pescadores garantem que sim.
Enquanto descobria, aprendendo com o professor José Alves de Siqueira Filho, sua colega de trabalho Dayane, e as estagiárias Carla e Jessica, sobre as sementes das ingazeiras, que são as árvores mãe do Velho Chico, que lhes dão vida, que garantem sua existência, ouvia dos pescadores Genivaldo e Helio, uns apaixonados pela pesca, confiantes ainda na energia do rio, que eles hoje só conseguem pescar pacu, curimatã e piau, e que a maioria dos peixes nativos do rio ou desapareceram ou são encontrados raramente.
Embarcamos os peixes tratados e os sacos de sementes devidamente catalogados e continuamos a viagem. De repente, o motor do barco tocou a areia do fundo do rio que se encontrava a menos de um metro de profundidade. Estávamos a uns 300 metros de cada margem. Dayane desceu do barco e caminhou dentro d'água sem problemas e explicou que por causa do desmatamento, da substituição de árvores nativas como a ingazeira que fixa o solo com suas raízes profundas, o rio se enche de areia.
Depois de atravessarmos com dificuldades esse pedaço do rio cheio de bancos de areia, cruzamos o barco do João, um pescador solitário que nos conduziu ao seu porto e nos levou ao seu rancho onde pudemos fazer um fogo e fritar os peixes que havíamos comprado para nosso almoço. Foi impressionante e emocionante ver a forma como fomos recebidos por esse pescador que não conhecíamos. Ver a generosidade com a qual ele abriu as portas da sua casa e dividiu conosco o pouco do que ele tinha para que pudéssemos preparar nosso almoço, e nos oferecendo as frutas de seu jardim para nossa sobremesa. A família dele também apareceu para conversar com a gente. São agricultores que, por medo de perder a plantação, despejam agrotóxicos nas plantas. Venenos que penetram na terra e escorem até o rio, são engolidos pelas plantas ribeirinhas, pelos peixes e no final tudo vai para a barriga.
Passamos um momento ímpar de convivialidade naquele pedacinho de paraíso simples e aconchegante, onde, ajudando Carla e Jessica a retirar as sementes colhidas de seus invólucros, me enriquecia com a aula-espetáculo do José Siqueira, que me lembrava a sabedoria, o humor e a paixão pela caatinga e o sertão do grande mestre Ariano Suassuna.
Continuamos nossa viagem e alguns minutos mais tarde, após cruzarmos dois ou três barcos com pescadores, chegamos numa região que apresentava um portal de cachoeiras, que são as corredeiras de água por conta de muitas pedras. Demos várias voltas procurando o melhor lugar para passar sem corremos o risco de quebrarmos a hélice do motor nem virarmos o barco.
O primeiro barco passou. Ainda ao som dos gritos de felicidade, o segundo barco, onde eu estava, ficou enganchado nas pedras e por sorte não virou. Imediatamente um pescador que passava veio nos salvar. Primeiro me levou juntamente com Jessica para a margem. Depois voltou e com sua grande experiência e conhecimento dos segredos do rio, desenganchou a barca das pedras.
É verdade que apesar de saber que estávamos nas mãos de Ladislau e Augusto, dois bons pilotos, fiquei apreensiva pois ainda tinha muito rio pela frente e o sol já estava começando a baixar. Mas a apreensão não impediu que os últimos momentos da viagem fossem emocionantes porque o rio ainda toca a gente profundamente por sua beleza, pela energia de suas águas. Águas que hidrataram tantas terras e tantos homens, mulheres e crianças desse sertão, que alimentaram tanta gente com seus peixes, que transportaram tantos nordestinos cheios de sonhos. Os reflexos das últimas cores do sol nas águas do Velho Chico se fundindo com o brilho da noite e as luzes da cidade de Curaçá, nosso porto de chegada, estão registrados na minha memória juntamente com a generosidade dos Genivaldos, Helios, Joãos e Marias do Francisco, esse rio que parece nome de um ente querido da nossa família.
Graças aos Josés Siqueiras, às Dayanes, às Carlas, às Jessicas, e o carinho que eles dedicam às sementinhas, posso dizer que o amor existe e ter esperança de que nada está perdido e que o rio São Francisco ainda vive e pode voltar a ser grande.
Andrea Santana
(Cineasta. Arquiteta e Urbanista pela UFC. Doutora em Geografia Física pela USP)
04/05/2017
CRAD promove palestra com Jan Mertens e Jörn Gemer da Universidade Hohenheim (Alemanha)
Escrito por: Dayane Fernandes & José Alves de Siqueira
Publicado em: 04/04/2017
No dia 31 de março de 2017, o Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga (CRAD/UNIVASF), promoveu uma palestra no Campus Centro da UNIVASF, com os Alemães Jörn Germer e Jan Mertens da University of Hohenheim, Inst. of Plant Production and Agroecology in the Tropics and Subtropics, Germany, onde foram apresentadas as palestras “Agroecologia e a importância da Colaboração Internacional” por Jorn Germer e “ Endemic trees planted in modified planting holes-na alternative land-use strategy for the semiarid Brasil?” por Jan Mertens.
Ambas as apresentações abordaram a importância e alternativas para conservação do Umbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda) espécie nativa das Caatingas de importância ecológica, cultural, medicinal e de produção. O desmatamento, para plantio de roças, e o pastejo dos animais como o bode vem causando a diminuição drástica da vegetação nativa das Caatingas. É preciso, portanto adotar políticas públicas emergências para a conservação das Caatingas.
Para superar a possibilidade de extinção do umbu, Jorn Germer e Jan Mertens sugerem alternativas do plantio do umbu para produção, fazendo com que o produtor recupere a Caatinga podendo ganhar dinheiro, gerando assim, a cultura do umbu, Jorn destaca que “é preciso ter demanda da sociedade, as pessoas precisam conhecer o umbu e começar a pedir, assim a produção será necessária e teremos um dia roças de plantação de umbu”. Seus estudos estão voltados para o reconhecimento das populações encontradas no semiárido a partir do georreferenciamento das árvores matrizes; Jan, por sua vez, afirma que nos últimos três anos de busca por árvores de umbu, em 160 indivíduos apenas três eram com idade abaixo de 10 anos, “isso é um problema grave, a árvore está desaparecendo” afirma Jorn.
O prof. José Alves reforça a ideia do desaparecimento da árvore sagrada do sertão em seus estudos nos últimos dez anos, por exemplo suas pesquisas apontam que a regeneração natural de novas árvores de umbuzeiro é inexpressiva devido a vários fatores, especialmente o sobrepastejo de caprinos e ovinos. Adicionalmente, são poucas populações naturais protegidas por unidades de conservação o que torna a necessidade de ações de conservação que garantam a variabilidade genética das populações naturais.
04/04/2017
Convite para palestras com Jan Mertens e Jorn Gemer (Humboldt Universitat) - Hoje (30/04)
Escrito por: Crad
Publicado em: 30/03/2017
O CRAD convida a todos para assistir hoje (30/03/2017) às 19:00, Sala 19 na Univasf Petrolina-PE, campus centro as Palestras:
Palestra: Endemic Trees planted in modified planting holes - an alternative land-use strategy for the Brazilian semiarid ?
Palestrante: Jan Mertens
Palestra: Agroecologia e a importância da colaboração internacional.
Palestrante: Jorn Gemer
Entrada Franca!
30/03/2017
Ação voluntária: Pequenos gestos, grandes feitos
Escrito por: Elaine Nunes, Alisson Guedes, Raquel Gomes, Uitamara dos Santos, Aurélio, Jéssica Albuquerque, Lariane Santos & José Alves de Siqueira Filho.
Publicado em: 04/09/2016
O Enceramento da 12ª Festa do Tamarindo, festa tradicional que acontece na comunidade de Caboclo, em Afrânio – PE. Nome do festejo homenageia as árvores mais emblemáticas, cujos indivíduos ter quase 200 anos de vida tornando-as parte da história e vida da comunidade. Os velhos tamarineiros se destacam pela beleza e opulência, dando à vila um cenário encantador e único, além da benevolência da oferta dos tamarindos apreciados por todos.
Curiosamente, 28 de agosto é o Dia Nacional do Voluntariado, os festejos foram marcado por ações voluntárias desenvolvidas por estagiários do Centro de Referência de Áreas Degradadas (CRAD) e discentes do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) sob orientação dos professores José Alves de Siqueira Filho, coordenador do CRAD/UNIVASF, do colegiado de Ciências Biológicas e Maria Jaciane de Almeida Campelo do colegiado de Engenharia Agronômica.
As ações foram realizadas no pátio do Museu Pai Chico, cartão de visitas do Caboclo. O museu abriga importante e inestimável riqueza cultural e regional, composta por completo acervo onde são preservados elementos históricos de Caboclo, promove rica narrativa da vida do fundador do povoado o Pai Chico e de toda sua linhagem, explicando através das exposições e objetos todo o contexto histórico vivido na região que se entrelaçam ao enredo histórico de outros municípios, como é o caso de Petrolina-PE.
Com o objetivo de promover a adequação ambiental e paisagística do Museu Pai Chico, com elementos típicos da Caatinga, foi realizado o plantio de mudas de Licuri (Syagrus coronata (Mart.) Becc.), formando uma alameda de palmeiras integrada e harmônica com o Museu. O licuri é uma espécie nativa da Caatinga bem adaptada às regiões secas e semiáridas, possuindo potencial ornamental além de abrigo e fonte de alimento para a fauna nativa da Caatinga.
A concepção do jardim didático da Caatinga partiu da valorização dos elementos locais com a harmonização da ciência, arte e reciclagem. Foram montados fragmentos de telhas ao redor das mudas, formando um charmoso piso do tipo quebra-cabeça que além da composição artística, os fragmentos de telhas retém umidade, ameniza a temperatura e exposição direta ao sol.
A região de Caboclo é considerada uma importante área prioritária para conservação da Caatinga, por conta da notável biodiversidade formada por um ambiente de Caatinga arbórea com a expressa riqueza florística, com a presença de espécies endêmicas: Faveleira (Cnidoscolus quercifolius Pohl), Macambira (Bromelia laciniosa Mart. ex Schult. & Schult.f.), Caatingueira (Poincianella microphylla (Mart. ex G.Don) L.P.Queiroz), Caroá (Neoglaziovia variegata (Arruda) Mez) e Baba-de-soim (Erythroxylum pungens O.E.Schulz), além deespécies ameaçadas de extinção, como a Baraúna (Schinopsis brasiliensis Engl.) e Aroeira (Myracrodruon urundeuva Allemão); além da endêmica e ameaçada de extinção, Pereiro-vermelho (Simira gardneriana M.R.V.Barbosa & Peixoto) e cascudo (Handroanthus spongiosus (Rizzini) S.Grose). O Caboclo também se destaca pelo complexo de lagoas magnesianas, que promoveram elevado grau de preservação nos registros fósseis da megafauna encontrados nessas lagoas.
Ações que contribuam para a conservação da Caatinga são importantes para a manutenção de processos ecológicos. Neste cenário foi realizado o plantio de mudas de ingá (Inga vera Willd.) e oiticica (Licania rigida Benth.) nas margens da Lagoa Comprida, típicas de ambientes ripários, importantes para a restauração da mata ciliar funcional. A recuperação das margens de cursos d’água é vital para a manutenção dos rios e das lagoas, sendo estes também o principal meio de sobrevivência de muitas famílias que dependem dessas fontes de água. Assim, as ações de plantio contando com o apoio da comunidade representam valiosa contribuição e resgate da valorização das espécies nativas da Caatinga. Nesse intuito as ações voluntárias pelos alunos da UNIVASF, como a realizada em Caboclo, são doações singelas de trabalho, talento e amor que o que só futuramente serão compreendidos pela comunidade do Caboclo.
04/09/2016
CRAD promove curso de identificação botânica na Caatinga
Escrito por: CRAD
Publicado em: 27/05/2016
Onde: UNIVASF, Campus Ciências Agrárias, CRAD, Petrolina-PE
Quando: 10/06/2016
Investimento R$ 20,00
Faça sua inscrição online em:
http://cursoscaatinga.wix.com/meusite
27/05/2016
III REFOREST: Simpósio nacional sobre restauração florestal.
Escrito por: CRAD
Publicado em: 25/05/2016
Acontecerá em Viçosa, Minas Gerais, de 17 a 19 de Agosto de 2016, o III REFOREST: Simpósio nacional sobre restauração florestal. Além de Pesquisadores e profissionais da área, o evento é voltado para estudantes de graduação e pós-graduação, técnicos florestais, profissionais de mineração e de geração de energia e interessados em ciências afins à restauração ecológica.
O evento tem como objetivos:
- • Promover um fórum de discussão sobre os problemas relacionados à restauração de áreas de preservação permanente, reserva legal e áreas degradadas em geral;
- • Divulgar técnicas e modelos de restauração florestal e de outros ecossistemas empregadas nas diferentes situações de degradação ambiental.
- • Promover a difusão tecnológica e o intercâmbio entre professores, pesquisadores, gerentes e técnicos de empresas florestais, estudantes universitários, fabricantes de produtos e prestadores de serviços no contexto da restauração ecológica;
- • Criar condições para transferências de informações entre diferentes grupos do setor público e privado.
Outras informações e inscrições poderão ser obtidas no site oficial do evento:
http://www.sif.org.br/@reforest2016/
25/05/2016
Projeto Cursos das Caatingas promove minicurso sobre Tecnologia de Sementes
Escrito por: CRAD
Publicado em: 24/05/2016
O projeto Cursos das Caatingas é uma iniciativa pioneira coordenada pelo Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga (CRAD/UNIVASF). Estes treinamentos têm como objetivo capacitar os participantes quanto aos aspectos e impactos do meio ambiente e a conduta sobre o processo de integração entre meio ambiente e responsabilidade social, além de proporcionar direcionamentos para produções científicas em recuperação e conservação da flora de áreas prioritárias para a Caatingas.
O Programa foi desenvolvido através de aulas teóricas, expositivas e complementação prática do campo ao laboratório. Os temas foram apresentados com uso de recursos audiovisuais contendo conceitos e exemplos práticos dentro da realidade regional, cuidadosamente selecionados pela equipe de profissionais do projeto: Elaine Nunes (Biológa); Dayane Fernandes (Biológa); Thatiany Teixeira (Biológa) e Raphaela Aguiar (Engenheira Agrônoma), com experiência no contexto ambiental da flora das Caatingas.
O primeiro minicurso de Tecnologia de sementes da Caatinga, que ocorreu nos dias 12 e 13 de maio de 2016, reuniu 20 participantes entre alunos de graduação de Ciências Biológicas, Engenharia Agronômica e Zootecnia da UNIVASF e uma professora do Instituto Federal – IF-Sertão.
Foram proporcionadas aulas teóricas e práticas, desde à coleta até a germinação de sementes nativas em campo e nos laboratórios, além de visitas às coleções botânicas, como o Herbário, Banco de sementes e Viveiro de mudas nativas do CRAD/UNIVASF. Ainda, foram oferecidos coffee breaks e os alunos foram contemplados com o sorteio do livro Guia de Campo de Árvores da Caatinga.
24/05/2016
CRAD realiza plantio de mudas em pontos de transporte urbano
Escrito por: CRAD
Publicado em: 20/05/2016
Com temperatura que atingem até 45°C, Petrolina-PE é famosa pelo desconforto térmico provocado na população e nos turistas que visitam a cidade. Um dos agravantes dessa situação é a baixa taxa de arborização do município, tornando necessário e imediato o plantio de árvores nativas da Caatinga - ação indispensável em ambientes urbanos com grande incidência de radiação solar. Além de trazer beleza aos espaços públicos, as árvores nativas auxiliam o sombreamento, diminuem a temperatura local e purificam o ar por meio da transformação de gás carbônico (gerado pela queima de combustíveis, por exemplo) em oxigênio.
O Centro de Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga (CRAD/UNIVASF) promoveu na semana do dia 17 de maio de 2016 o plantio de mudas em pontos de transporte urbano. No bairro Cohab Massangano, por exemplo, foram plantadas duas mudas, uma caraibeira e um jatobá. Os mototaxistas da área se foram sensibilizados a fazer o plantio e cuidar das mudas, que um dia vão crescer e fazer sombra em seus postos de trabalho.
20/05/2016
Dia Nacional da Caatinga: Codevasf investe em estra-tégias de conservação do bioma brasileiro
Escrito por: Assessoria de Comunicação e Promoção Institucional da Codevasf
Publicado em: 27/04/2016
O apoio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) às ações voltadas para a conservação da Caatinga é destaque neste 28 de abril, quando se comemora o Dia Nacional da Caatinga. A empresa, por meio do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do rio São Francisco, tem apoiado estratégias técnico-científicas que promovem a conservação e o uso sustentável desse bioma, exclusivamente brasileiro, que ocupa 11% do território nacional.
Ações dessa natureza estão sendo desenvolvidas nos Centros de Referência em Recuperação de Áreas Degradadas, como o Centro da Universidade Federal de Alagoas (CRAD/UFAL), campus de Arapiraca, e o da Universidade Federal do Vale do São Francisco (CRAD/Univasf), implantados com apoio financeiro da Codevasf/Ministério da Integração Nacional (MI).
“O principal objetivo desses centros é desenvolver modelos para recuperação de áreas degradadas, promover a capacitação para a formação de recursos humanos e disseminar práticas de recuperação e desenvolvimento sustentável como: produção de mudas, plantio, tratos silviculturais, capacitação, dentre outros”, afirma o engenheiro florestal da Codevasf, Camilo Cavalcante de Souza. “O apoio da Codevasf foi fundamental para estruturação dos centros oferecendo instalações adequadas para a produção de conhecimento e desenvolvimento dos modelos de recuperação”, finaliza.
No CRAD/UFAL, pesquisadores do campus Arapiraca estudam a propagação do mandacaru, xique-xique e da coroa-de-frade. O objetivo principal dessa pesquisa é a manutenção da variedade genética dessas cactáceas que são símbolos da Caatinga. “Nosso trabalho visa à reprodução desses cactos em laboratório e, posteriormente, a sua propagação vegetativa e plantio para garantir a variabilidade genética das espécies no ambiente natural. Nos últimos anos, devido a grande seca, a ação de extrativismo dessas cactáceas tem sido muito grande, principalmente para uso na alimentação animal, ornamentação e no caso da coroa-de-frade, que é utilizada na culinária exótica. Como são plantas que crescem muito lentamente, diversas áreas tiveram essas populações de cactáceas praticamente dizimadas. Nesse sentido, estamos tentando reproduzi-las para formar um banco de matrizes e depois retorná-las para o plantio no ambiente natural”, explica José Vieira Silva, professor da Universidade Federal de Alagoas (CRAD/UFAL).
Outro trabalho de conservação e preservação da caatinga está sendo desenvolvido pelo CRAD/Univasf. No local, encontra-se instalado o Herbário Vale do São Francisco (HVAS), onde há amostras vegetais da Caatinga que, além de contribuir com o conhecimento científico sobre a flora da região, auxiliam na elaboração de projetos de recuperação de áreas degradadas.
“É importante destacar o apoio da Codevasf para a implementação dos CRADs na bacia do São Francisco, porque, naquele momento, em 2007, tínhamos muita informação fragmentada sobre a biodiversidade da caatinga. Com o incentivo da Codevasf, conseguimos construir esse herbário, que é uma coleção de plantas científicas muito importante para os estudos do bioma. Isso só foi possível porque a Codevasf compreendeu a importância da criação dos CRADs”, afirmou o professor e botânico José Alves de Siqueira Filho.
Em dos trabalhos desenvolvidos pelo centro, em 2012, foi a obra “A flora das caatingas do rio São Francisco: história natural e conservação”. A publicação, além de contribuir com o conhecimento científico em relação à preservação do bioma, resgata uma história natural da convivência do homem com o semiárido brasileiro. “O livro foi um esforço de quase 100 pesquisadores de 40 instituições de pesquisa do país, entre elas o Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga (CRAD) da Univasf. Ele conta com 552 páginas e 13 capítulos. O trabalho juntou toda informação sobre o bioma da caatinga que estava fragmentada, num documento único, resultando no mais completo registro científico já realizado sobre o ecossistema Caatinga”, ressalta Siqueira Filho. “A gente teve a honra de ser agraciado pelo prêmio Jabuti 2013 na categoria Ciências Naturais”, finaliza.
A publicação tem contribuído com a geração de conhecimentos técnico-científicos relacionados à conservação da água, solo e recursos florestais que são a base para o desenvolvimento de programas de recuperação de áreas degradadas. Mais informações sobre a obra estão disponíveis no site do CRAD/Univasf.
Reportagem original: Clique aqui
27/04/2016
Crad promoverá curso de Tecnologia de Sementes da Caatinga
Escrito por: CRAD
Publicado em: 15/04/2016
15/04/2016
Convite para o seminário "Velho Chico sempre vivo"
Escrito por: CRAD
Publicado em: 12/11/2015
O Rotary Club tem a honra de convidar-lhe a participar do Seminário "Velho chico Sempre Vivo!". O evento contará com a presença do Deputado Federal Gonzaga Patriota, o Ambientalista e Cooperativista João Bosco e O professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco, Dr. José Alves de Siqueira Filho.
Local: Câmara de Vereadores de Juazeiro-BA
Data: 20 e 21 de Novembro de 2015
Horário: 20:00 h
12/11/2015
Carta do Baixo São Francisco
Escrito por: CRAD
Publicado em: 28/10/2015
Governador do Estado de Alagoas, Sr. José Renan Vasconcelos Calheiros Filho.
Governador do Estado de Pernambuco, Sr. Paulo Henrique Saraiva Câmara.
Governador do Estado de Sergipe, Sr. Jackson Barreto de Lima.
Governador do Estado da Bahia, Sr. Rui Costa dos Santos.
Ministra do Meio Ambiente, Sra. Izabella Mônica Vieira Teixeira.
Ministro da Integração Nacional, Sr. Gilberto Magalhães Occhi
Prezados Senhores,
Durante o VII Workshop Rio São Francisco, realizado, conjuntamente, com o III Encontro Ambiental e o I Seminário de Direito Ambiental, na cidade de Penedo - Alagoas, entre os dias 30 de agosto e 01 de setembro de 2015, se reuniram representantes de diferentes instituições públicas e privadas, de ensino, pesquisa e extensão, e foram discutidos os múltiplos usos da Bacia do São Francisco, e seus efeitos sobre o Baixo Curso.
O evento teve como objetivo a promoção do debate envolvendo temas sobre cultura, identidade, desenvolvimento e meio ambiente; focalizando questões pertinentes ao Baixo São Francisco. Além da divulgação dos resultados de pesquisas científicas realizadas em diversas áreas, sobre o Vale do Rio São Francisco, possibilitando intercâmbio entre pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação.
Nas mesas-redondas, foi debatido o comprometimento dos recursos naturais na Bacia do São Francisco; a qualidade da água e o compartilhamento dos saberes; a cartografia socioeconômica e ambiental dos municípios do Baixo São Francisco; e o turismo como vetor de desenvolvimento dessa área.
Como resultado, tanto para os municípios que margeiam o Vale do Rio São Francisco, quanto, principalmente, para a sustentabilidade do próprio Rio São Francisco, expomos, abaixo, algumas reflexões e reivindicações:
- 1. A necessidade apoio financeiro contínuo aos Centros de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas (CRAD’s), o que afeta diretamente o desenvolvimento tecnológico e social na região;
- 2. A necessidade de execução imediata do Programa de Revitalização da Bacia Rio São Francisco, que ultrapassa já metade do seu prazo de execução e nenhuma ação prevista foi concretizada;
- 3. A efetivação da Política Nacional de Resíduos Sólidos e da Política Federal de Saneamento Básico, cuja a ausência provoca sérios problemas, tanto sociais e econômicos, quanto ambientais;
- 4. A precarização do Programa de Interiorização do Ensino Superior, que não garante a qualidade da educação, pesquisa e extensão; comprometendo a qualificação da mão de obra;
- 5. A construção e execução de Planos de Manejo para as Unidades de Conservação da região;
- 6. A criação imediata do Parque Nacional do Boqueirão da Onça, área de extrema importância biológica por possuir flora endêmica, ecossistemas variados, baixa densidade demográfica, e um dos últimos refúgios na bacia do São Francisco com registros de onça pintada Panthera onca, o maior felino das Américas, ameaçada de extinção.
- 7. A falta de atenção aos Agricultores Familiares e as Comunidades Tradicionais, em especial indígenas, quilombolas e pescadores artesanais, no que tange à sua regularização territorial, seguranças hídrica, alimentar, nutricional e energética; e a garantia de comercialização de seus produtos, o que sugere autonomia financeira e econômica;
- 8. Os processos de regularização fundiária existentes em toda a Bacia do São Francisco, e a resolução dos seus conflitos socioambientais;
- 9. A manutenção da vazão mínima das águas da foz do São Francisco, que garante a manutenção de serviços ecossistêmicos essenciais, tais como: produtividade pesqueira, regulação climática, redução da dinâmica, e consequente assoreamento do leito do rio e a navegabilidade;
- 10. O reflorestamento das matas ciliares em toda a Bacia do São Francisco e medidas efetivas no combate ao processo de assoreamento do rio e desertificação de diversas áreas;
- 11. A insuficiente fiscalização das ações em andamento nas Unidades de Conservação, em especial a APA de Piaçubuçu, permitindo um modelo exploração desordenado do turismo, dentro da proposta de turismo de massa, na foz do rio São Francisco, engendrando significativo impacto ambiental negativo na região;
- 12. A maior valorização da atividade do turismo pelo setor público de Sergipe e Alagoas, possibilitando o desenvolvimento da atividade de forma a conciliar os interesses econômicos e sociais com a necessidade de valorização e proteção dos recursos naturais da Bacia do São Francisco;
- 13. Apesar do reconhecimento do esforço e dos resultados alcançados pelo APL Caminhos do São Francisco, há necessidade de criar um mecanismo de governança territorial do turismo para região, que permita o planejamento, ordenamento e regulamentação integrado e integral da atividade, e que envolva a sociedade civil, os empresários locais e o setor público de todas as esferas;
Consideramos que nesse momento, em que o país passa por uma preocupante crise hídrica, é indispensável uma maior reflexão sobre a conservação e o desenvolvimento de nossas bacias hidrográficas, neste caso especial, sobre todos os pontos citados acima a respeito da Bacia do Rio São Francisco. Reflexões sobre fiscalização e aplicação da legislação, sobre a disponibilização de novos investimentos para educação, saneamento básico, pesquisas e fiscalização são urgentes e emergentes, para que as discussões realizadas neste encontro tornem-se práticas de gestão socioambiental comuns a toda extensão do rio.
Prof. Cláudio Sampaio, Universidade Federal de Alagoas.
Profa. Taciana Kramer, Universidade Federal de Alagoas.
Prof. Ticiano Oliveira, Universidade Federal de Alagoas.
Prof. Igor da Mata, Universidade Federal de Alagoas.
Prof. Petrônio Coelho Filho, Universidade Federal de Alagoas.
Prof. Luciano Amorim, Universidade Federal de Alagoas.
Prof. Alexandre Oliveira, Universidade Federal de Alagoas.
Prof. José Alves de Siqueira, Universidade Federal do Vale do São Francisco
28/10/2015
CRAD/UNIVASF participa do Semiárido Show 2015
Escrito por: Raphaela Aguiar de Castro, Deise Rejane Oliveira & Thatiany Texeira Bezerra
Publicado em: 27/10/2015
O Vale do São Francisco é uma região conhecida mundialmente como pólo produtor de frutas e um evento do porte do Semiárido Show interfere na rotina de todos. O evento organizado pela EMBRAPA e IRPAA desde 2009, traz a importância da agricultura familiar e como o homem do campo vem das mais diversas formas mostrando sua criatividade para obter uma renda melhor. O evento possibilita participação em minicursos, palestras, além de stands com muitas informações, produtos artesanais à venda, além de mostrar a cultura do povo sertanejo.
O Centro de Referência para Áreas Degradadas da Caatinga (CRAD/UNIVASF) fez parte deste evento com um stand onde foram apresentados à comunidade, principalmente produtores da região, os trabalhos que estão sendo desenvolvidos no Centro e como tais experiências estão diretamente relacionados às suas vidas. No stand do CRAD pode-se conhecer uma pequena amostra dos laboratórios do CRAD, as pesquisas atualmente desenvolvidas e os livros publicados.
Assim, as mais de 200 pessoas que puderam visitar o espaço puderam ter uma maior sensibilização para a importância da conservação da Caatinga diante do desafio da sustentabilidade. Contatos puderam ser feitos e laços estreitados para que o nosso centro possa continuar servindo à comunidade que vive no semiárido.
27/10/2015
Ações do CRAD / UNIVASF no baixo São Francisco: Uma contribuição norteadora para o destino do rio endêmico brasileiro
Escrito por: Elaine Bonfim Nunes, Thatiany Teixeira Bezerra, Erick Almeida Santos & José Alves de Siqueira
Publicado em: 26/10/2015
A Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) através do Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga – CRAD/UNIVASF participou pela terceira vez consecutiva divulgando as ações desenvolvidas nos últimos oito anos na revitalização do Rio São Francisco durante o VII Workshop do Rio São Francisco que ocorreu no Baixo São Francisco na cidade de Penedo, em Alagoas entre os dias 30 de Agosto e 01 de Setembro.
No evento promovido pela UNIFACS de Salvador (BA), sob a coordenação da Profa. Regina Celeste Souza, o CRAD/UNIVASF apresentou as principais estratégias e oportunidades necessárias e urgentes para a revitalização do Rio São Francisco. O Prof. Dr. José Alves de Siqueira abriu o evento com sua palestra intitulada “Conservação e biodiversidade das Caatingas do Rio São Francisco: Desafios e Oportunidades”, além de ter ministrado a oficina “Plantar arvores no São Francisco: Uma emergência” , convocando os participantes a agir de modo objetivo, uma contribuição real à cidade histórica de Penedo. O plantio de árvores nativas do Rio São Francisco foi realizado na unidade da Universidade Federal de Alagoas – UFAL com a participação de todos do evento.
Para finalizar as atividades foi realizada uma expedição à foz do Rio São Francisco, na região do Pontal do Peba para compreender todos os impactos antrópicos da transformação inexorável do Rio São Francisco. Durante a expedição, foram ainda feitas importantes coletas botânicas nos ecossistemas de mangue e mata atlântica para serem incorporadas ao acervo do Herbário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HVASF).
26/10/2015
IV Congresso Nacional do Cangaço - 27 a 31 de Outubro de 2015
Escrito por: CRAD
Publicado em: 08/10/2015
O IV Congresso Nacional do Cangaço, que terá como tema “Caatinga: Patrimônio natural e cultural” é um evento idealizado pela SBEC (Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço) com apoio das seguintes instituições: SEBRAE, Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Instituto Federal de Educação e Tecnologia do Piauí (IFPI), Fundação Museu do Homem Americano (FUMDHAM), Governo do Estado do Piauí, Diocese de São Raimundo Nonato e Prefeitura de São Raimundo Nonato.
O evento é uma oportunidade singular e inovadora no sentido de promover a discussão em torno de questões que envolvem o processo de construção das representações sobre a Caatinga, Sertões, dentre elas o cangaço, a religiosidade, artes, identidades, enfim, sua própria historicidade; sem deixar de lado visão patrimonial e turística acerca do tema. A programação prevê conferencias, minicursos, mesas-redondas, simpósios temáticos, mostra de filmes, exposições fotográficas e diversas atividades culturais.
No último dia do evento, Professor da Univasf e diretor do Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas (CRAD), Dr. José Alves de Siqueira Filho, irá proferir a conferência de encerramento.
08/10/2015
Defeso da Caatinga
Escrito por: CRAD
Publicado em: 17/06/2015
Olá pessoal “Defensores do Bioma Caatinga”,
Contamos com vocês no III Fórum Permanente de Discussão sobre Estratégias de Recuperação do Bioma Caatinga, que acontecerá essa semana no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN), no campus avançado de Parelhas, dia 19 de junho, sexta feira, às 15 horas, para continuarmos a construção da política pública intitulada “DEFESO da CAATINGA”. Lembre-se que a construção de uma política publica requer a participação de toda sociedade e, por isso, sua participação é FUNDAMENTAL.
Quero lembra-los que o Fórum terá inicio impreterivelmente às 15 horas e encerramento às 18:30 horas, conforme programação:
1- Abertura do evento – Profa. Paula Francinete de A. Batista, Diretora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN), Campus avançado de Parelhas;
2- Apresentação da proposta do DEFESO da CAATINGA – Profa. Magda Maria Guilhermino, UFRN;
3- Formação dos Grupos de trabalho pelos participantes, sendo 2 grupos na temática relacionada aos aspectos técnicos da proposta e outros 2 grupos na temática relacionada aos aspectos políticos da proposta – coordenação dos Professores Adriano Dantas da Fonseca e Cristiane de Melo Soares;
4- Finalização dos trabalhos e encaminhamentos para o IV Fórum;
5- Municípios interessados em levar o IV Fórum;
6- Encerramento.
Pedimos que nos ajude a divulgar o evento e contamos com a sua importante participação nesta causa tão urgente que é a recuperação do Bioma Caatinga!
17/06/2015
Crad é premiado pela ONU por ações de recuperação e preservação da Caatinga
Escrito por: UNIVASF
Publicado em: 17/06/2015
O Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas (Crad) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) conquistou dois prêmios no Programa Dryland Champions 2015, promovido pela Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (United Nations Convention to Combat Desertification – UNCCD). O Crad recebeu um prêmio institucional pelo conjunto de suas ações em prol da recuperação e preservação da Caatinga e outro pelo projeto “Manejo de Caprinos, Ovinos e Emas na Recuperação de Áreas Degradadas”.
A cerimônia de entrega dos certificados do programa será realizada amanhã (17), Dia Mundial de Combate à Desertificação, na cidade de Caicó, no Rio Grande do Norte. O diretor do Crad e professor do Colegiado de Ciências Biológicas da Univasf, José Alves de Siqueira Filho, participará da solenidade de premiação. “Esta é a primeira premiação internacional que o Crad recebe e é fruto de um trabalho que iniciou em 2006, quando o Centro foi criado, e que contou com contribuição de inúmeros pesquisadores e alunos que apoiaram a pesquisa científica na Caatinga”, destacou o professor.
O Crad desenvolve várias ações voltadas à recuperação de áreas degradadas da Caatinga, como produção e plantio de mudas nativas do bioma, mantém coleções de plantas e de madeira, promove pesquisas e elabora publicações. Também conta com o Herbário Vale do São Francisco (HVASF), que é indexado aos dados do Global Biodiversity Information Facility.
O projeto “Manejo de Caprinos, Ovinos e Emas na Recuperação de Áreas Degradadas” é resultado de uma pesquisa de pós-doutorado desenvolvida no Crad pelo pesquisador Juliano Ricardo Fabricante, sob a supervisão de José Alves. Financiada pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe/CNPq), a pesquisa foi realizada de 2011 a 2014. Segundo Alves, o trabalho gerou dados importantes para reorientar o manejo de caprinos e ovinos na Caatinga e propôs fontes econômicas alternativas para o Semiárido. Entre as ideias propostas, destaca-se a criação de emas, um animal nativo da Caatinga, que pode ser criado solto e tem relação harmoniosa com o ecossistema.
Dryland Champions - Esta edição do Dryland Champions irá premiar 31 projetos do Semiárido nordestino e do Norte de Minas Gerais na área de combate à desertificação e preservação ambiental. Os projetos premiados receberão certificados e troféus. No ano passado, 14 projetos receberam o prêmio, que é realizado mundialmente e está na terceira edição no País.
A coordenadora do programa Dryland Champions no Brasil, Luciana Valadares, analista de ambiental do Departamento de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente, ressalta que a premiação simboliza o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pela preservação do Semiárido. “O prêmio é uma chancela importante do Ministério do Meio Ambiente e da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação a todos os projetos e instituições envolvidas”, afirma.
17/06/2015
Herbário Vale do São Francisco é indexado aos dados do Global Biodiversity Information Facility
Escrito por: CRAD
Publicado em: 09/06/2015
O Herbário Vale do São Francisco (HVASF), sediado fisicamente no Centro de Referência para Recuperção de Áreas Degradadas, foi indexado a base de dados do Global Biodiversity Information Facility (GBIF), uma organização internacional dedicada à disponiblização de dados científicos da biodiversidade através da Internet. Essa organização destaca-se como uma importantes iniciativa para a ciência, sociedade e sustentabilidade mundial, ao criar ligações digitais entre os dados e ferramentas da bioinformática.
O Herbário O Herbário Vale do São Francisco foi fundado em 2005, pelo Professor, Botânico e atual Curador, Dr. José Alves de Siqueira Filho. Criado para servir de apoio às atividades de ensino, pesquisa e extensão da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), o HVASF extrapolou sua ambições iniciais e tornou-se uma referência da biodiversidade das Caatingas, fomentando o livro vencedor do prêmio Jabuti, Flora das Caatingas do Rio São Francisco, a refência mais atual e completa do único ecossistema exclusivamente brasileiro, além de ter propiciado a Criação da maior Área Protegiada do estado de Pernambuco, o Parque tatu-bola.
Toda a coleção do HVASF está online e disponível para a sociedade e comunidade científica, em redes nacionais, como o speciesLink e o site oficial do herbário, e internacionais, como o GBIF, destacando-se pela qualidade dos dados e pela rigor de padronização utilizado nas coletas, com toda a coleção georeferenciada, informatizada e padronizada, frutos do compromisso, seriedade, respeito e transparência de nossas atividades.
Para acessar a coleção direto do Global Biodiversity Information Facility :
http://www.gbif.org/dataset/b18aa640-0367-4956-a6a4-5f07141127f1
09/06/2015
Expedição de campo: Uma lição para a vida
Escrito por: Elaine Nunes
Publicado em: 04/05/2015
Durante os dias 23 e 24 de Abril de 2015 ocorreu à expedição para à Canudos, Bahia. A equipe reuniu 14 pessoas, destas, 12 alunos, 01 motoristas, e o professor responsável pela expedição, Prof° José Alves de Siqueira Filho do Colegiado de Ciências Biológicas da UNIVASF, em Petrolina (PE). A atividade promovida proporcionou aos discentes a oportunidade única de ser observador de um belíssimo espetáculo da natureza: a revoada matutina de centenas de aves que naturalmente não se encontra em nenhum outro local do mundo, das quase extintas araras azuis de lear (Anodorhynchus leari). A participação de momentos como este durante o nosso curso de graduação em Ciências Biológicas promove aos discentes envolvidos maior censo de responsabilidade e respeito às incríveis espécies das mais diversas categorias que habitam nosso complexo sistema biológico, as Caatingas. A chance de rever esse acontecimento no meio natural só foi possível devido ao esforço de vários pesquisadores que estão estudando a biologia reprodutiva das araras e da Fundação Biodiversitas sediada em Minas Gerais que conta com uma equipe extraordinária que atua diariamente monitorando as araras ameaçadas. Os resultados são animadores visto que a população natural dessas aves aumentou cerca de 300% nos últimos 20 anos, quando a espécie foi redescoberta no seu habitat natural na região de Canudos. Uma nova história se desenha em prol da conservação das espécies e das Caatingas.
04/05/2015
II Fórum Permanente de Discussão sobre Estratégias de Recuperação do Bioma Caatinga
Escrito por: CRAD
Publicado em: 27/04/2015
O II Fórum acontecerá no auditório da Escola Agrícola de Jundiaí, campus Jundiaí, da UFRN em Macaíba, às 14 horas.
Serão 6 Fóruns e os próximos serão no Seridó.
A construção de uma política publica requer a participação de toda sociedade e, por isso, contamos com a sua participação efetiva, lembrando que é um Fórum aberto às discussões e suas opiniões, sugestões e ações são fundamentais para que esta proposta se concretize.
O Fórum terá inicio impreterivelmente às 14 horas, conforme programação:
- 1 - Abertura e Apresentação da dinâmica “Diferentes formas de subsídios: Como a TOSCANA resgatou a agricultura familiar“, seguido da apresentação da proposta do DEFESO da Caatinga – Profa. Magda Maria Guilhermino;
- 2 - Apresentação de projetos de pesquisa que darão subsídios para a implantação do DEFESO da CAATINGA: “Importância do Planejamento Agropecuário para a sustentabilidade dos sistemas de produção de leite proveniente da agropecuária familiar – Prof. Dr. Josimar Torres Gomes”
- 3 - Espaço para discussão e debate pela audiência onde se iniciará o processo de escrita da proposta:
- 3.1 - Palavras dos Gestores;
- 3.2 - Palavras dos Agropecuaristas;
- 3.3 - Palavras dos Pesquisadores;
- 3.4 - Palavras dos Técnicos;
- 3.5 - Palavras dos representantes de Instituições governamentais e não governamentais;
- 3.6 - Palavras interessados;
- 3.7 - Municípios interessados em levar o Fórum e assinatura do abaixo assinado;
4 - Encerramento – 17:30 horas.
27/04/2015
Aguardaremos as Flores
Escrito por: Everton Fagundes
Publicado em: 27/04/2015
Do ponto de vista da semente, ela não produziria muita coisa: quitina, lipídios, carboidratos e metabólitos que para ela, não carregaria muito sentido, a não ser o anseio por se fazer melhor. Do ponto de vista da terra, também ela não produziria muita coisa: cátions, íons, óxidos, nutrientes e partículas não abraçariam a semente e não gerariam nem manteriam vida. Do ponto de vista das ferramentas, também elas não seriam brilhantes: o plástico envolveria, mas não acalentaria. O ferro moldaria e se faria pá, a pá se uniria a um cabo recortado de uma pobre árvore e certeza tinham que desse casamento também muitos frutos não dariam a não ser cortar a terra, escavacar a terra e selar a terra. Do ponto de vista do sol, também ele não realizaria grandes feitos: queimava tudo, lançava seu brilho, dava sua energia de modo a tentar ao menos, fortificar o mundo. Do ponto de vista dos homens, eles também não realizariam nada, pois segundo alguns, eles não seriam capazes de realizar grandes feitos.
Assim, do ponto de vista das coisas, as coisas eram simplesmente coisas: inanimadas, enfadadas, tristes e sem grande utilidade funcional. Do mesmo modo os homens, - especificamente estes homens, diferentes de outros tantos - eram vistos como coisas, tratados como coisas, tão inanimados e supérfluos quanto uma semente que não germina e uma terra que não gera vida.
Porém as coisas não são simplesmente coisas e os homens, ah esses homens, acusados por outros homens, também não eram simplesmente coisas.
E num gesto fraterno, talvez implícito este ato, mas fraterno pela ação, a semente ganhou oportunidade e surpresa deixou-se invadir pela alegria. Entregou-se e perpetuou sua história: entrelaçada por um berço aconchegante, cresceu a semente tendo a certeza que não era apenas semente: virou muda e como muda, preparou-se para dar todo seu melhor.
Os homens conversaram. Viram na muda a força de transformação, um sentido de esperança, uma ideia em crescimento, uma proposta de flores. Os homens conversaram entre si e perceberam que outros homens necessitam dessa força, desse sentido, dessa ideia e dessas flores. Conversaram entre si e foram a procura de outros homens.
Desde então, as ferramentas se alegraram, a terra ficou ansiosa e o sentido de existência tomou conta das coisas e dos seres: movimento cria vida e vida se perpetua quando se fortalece.
Assim, quando as manhãs permitiram e os homens conseguiram encontrar os outros homens, a terra pode finalmente se cortada pela pá, a pá entrelaçou as entranhas da terra e o cabo, usurpado de sua mãe árvore, teria a oportunidade de criar novas vidas. E a terra abraçou a muda e a muda se aconchegou na terra enquanto os homens, aqueles homens que muitos diriam não serem capazes de realizar grandes feitos, sorriam radiantemente por promoverem vida. E ali, no CAPES, a vida se perpetuou, as coisas ganharam sentido, os seres ganharam vida enquanto os homens sorriam fraternamente exibindo em seus simples traços a capacidade que muitos lhe negam.
E o momento se fez vida, nas coisas e nos sentimentos. Ninguém jamais poderá, mesmo que insistentemente, abafar os gritos que representam aquele acontecimento, pois jamais se cala um sorriso, pois este se perpetua, se multiplica e se faz vida nos corações e nas mentes daqueles que insistem em não se entregar à futilidade de ser.
Do ponto de vista do sol, aquele dia, mais do que tantos outros, valeu apena brilhar e clarear o mundo, pois percebeu ele, se ainda não tivesse percebido, que a esperança é ação constante no peito daqueles que ousam em viver e dizer: sim, nós podemos, sim nós queremos celebrar a vida.
Aguardaremos as flores, não temos dúvidas que um dia, na mais bela primavera, elas alegremente chegarão.
Aguardaremos.27/04/2015
Faça parte da Sociedade de Curadores de Herbários
Escrito por: CRAD
Publicado em: 17/04/2015
A Sociedade de Curadores de Herbários (SHC) é uma organização sem fins lucrativos criada em 2005 para realizar discussões, ações e suporte para herbários ao redor do mundo. Nossa missão é promover e expandir o papel do herbário em pesquisas botânicas, ensino e serviço para toda a comunidade, proporcionar um fórum para discussões e ação em todas as questões relacionadas com herbário e estender seus esforços e lançar sua influencia em direção à proteção e preservação dos herbários em vias de extinção.
Valores Anuais de Membros
Estudantes – U$ 5.00
Regular – U$ 10.00
Sustentadores – U$ 25.00
Vitalício – U$ 200.00
Site: Society of Herbarium Curators
17/04/2015
Refúgio Tatu-bola, nova e maior área protegida de Pernambuco
Escrito por: O Eco
Publicado em: 17/04/2015
Finalmente o Tatu-bola ganhou um espaço pra chamar de seu. Proposta em julho de 2003, foi decretada a criação de uma área protegida que preservará, entre outros, o animal que foi o mascote da Copa do Mundo de 2014. Trata-se do Refúgio de Vida Silvestre Tatu-Bola, que nasceu já com a marca de ser a maior Unidade de Conservação de Pernambuco e uma das maiores do Nordeste.
A área protegida tem 110 mil hectares e abrange os municípios de Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista. Conserva uma área extensa da Caatinga e tem como objetivo preservar espécies endêmicas da região, como o próprio tatu-bola. A espécie é endêmica de áreas do Cerrado e da Caatinga e está bastante ameaçada. Chegou a ser considerada extinta na natureza, até ser redescoberta na década de 1990
A ideia de criar uma Unidade de Conservação na área nasceu em 2013 e ganhou forma nas mãos do biólogo José Alves Siqueira Filho, que preside o Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas (Crad), da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf). Após seguir os trâmites dentro dos órgãos da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), a unidade foi oficializada na segunda-feira, 16/3, através de decreto assinado pelo governador do estado.
O Refúgio é uma categoria de unidade de conservação que tem como objetivo proteger ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies. A particularidade do refúgio é permitir que haja moradias dentro da unidade, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais pelos proprietários particulares.
Copa do Tatu
Durante a Copa do Mundo de 2014, pesquisadores propuseram que a cada gol feito no mundial, 1 mil hectares de terra deveriam ser declarados área protegida na Caatinga para conservar o tatu-bola, ameaçado de extinção.
Para os pesquisadores, a melhor maneira de preservar a espécie era proteger o seu habitat. Se a ideia tivesse sido aceita, 171 mil hectares de Caatinga deveriam ter sido protegidos, pois a Copa 2014 registrou 171 gols, em 64 partidas. Pela proposta, a nova UC é grande, mas nasceu devendo 61 mil hectares.
17/04/2015
Turma de futuros biólogos da Univasf participam de expedição na Chapada Diamantina, patrimônio da biodiversidade brasileira
Escrito por: CRAD
Publicado em: 08/04/2015
Durante os dias 27 a 31 de Janeiro de 2015 ocorreu à expedição para a Chapada Diamantina, Bahia. A equipe reuniu 30 pessoas, destas, 26 alunos, 02 motoristas, 01 monitor e o professor responsável pela expedição, Prof° José Alves de Siqueira Filho do Colegiado de Ciências Biológicas da UNIVASF, em Petrolina (PE). Diversas atividades científicas foram realizadas a partir do inventário de plantas nas diversas trilhas nas serras, rios e cachoeiras desta região de singular beleza no coração do Brasil. Parte do material botânico foi incorporado ao acervo do Herbário Vale do São Francisco para consulta dos pesquisadores e interessados na flora da Chapada Diamantina.
Durante as aulas foi discutido a caracterização e importância dos vários ecossistemas terrestres (Caatinga, Cerrado e Campo Rupestre) e aquáticos (cachoeiras e rios), através da visualização das particularidades das espécies das áreas, além da avaliação crítica da gestão das unidades conservação como o Monumento Natural Cachoeira do Ferro Doido (Morro do Chapéu), Parque Nacional da Chapada Diamantina (Mucugê) e Parque Natural Municipal do Espalhado (Ibicoara) e seus desafios socioambientais e interesses políticos, como parte das atividades das turmas de Biologia da Conservação e Ecologia de Ecossistemas do semestre 2014.2 da Univasf.
As trilhas mais instigantes foram as trilhas da Cachoeira do Ferro Doido, Cachoeira das Sete Quedas, Funil e Andorinhas, além do Mirante do Vale do Paty, no povoado de Guiné e a mais incrível cachoeira da Chapada, o Buracão, em Ibicoara, perfazendo um total de 35 km de caminhada, além da visita ao Poço Azul, em Nova Redenção, para um estudo de recuperação da vegetação nativa no entorno da caverna. No total foram percorridos 1.435 km ao longo da expedição. Na ocasião, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer de perto as riquezas naturais da Chapada Diamantina em contato direto com uma miscelânia de plantas e animais, antigas formações geológicas, e trechos dos rios Paraguaçu e Rio Espalhado. Ao final, o grupo assistiu uma palestra ministrada pelo Agrônomo Adeodato Menezes seguida por debate na Fazenda Terramater sobre a invisibilidade da Agroecologia na Caatinga.
A realização dessa expedição de campo para os alunos de Ciências Biológicas da Univasf permitiu formar uma visão crítica do modelo atual de unidades de conservação no Brasil, além da execução prática e aprimoramento dos conhecimentos adquiridos ao longo do semestre nas disciplinas. A aula prática proporciona aos participantes o maior domínio do assunto, aprendizado e experiência proposta nas aulas teóricas. O reconhecimento presencial das áreas de grande importância para a conservação, e a avaliação do funcionamento das unidades de conservação traz a experiência prática fundamental para os alunos que em breve se tornarão futuros biólogos.
O material botânico pode ser consultado online no site do HVASF (www.hvasf.univasf.edu.br) e ficará a disposição para os estudos úteis a conservação do patrimônio natural que representa a Chapada Diamantina.
08/04/2015
Pernambuco cria a maior Unidade de Conservação estadual do Nordeste
Escrito por: NE10 - Meio Ambiente
Publicado em: 20/03/2015
A partir de um decreto assinado pelo governador Paulo Câmara, neste sábado (14), durante a plenária do Todos por Pernambuco, o governo criou a maior Unidade de Conservação estadual do Nordeste. Com 110 mil hectares, o Refúgio de Vida Silvestre Tatu-bola compreende uma área nos municípios de Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista, no Sertão do Estado.
"Essa unidade conservará amostras significativas da caatinga pernambucana e espécies raras e endêmicas como o tatu-bola. Elas reforçam a nossa política de Meio Ambiente e Sustentabilidade. É uma área de preservação que fica como legado para as futuras gerações", explicou o governador.
A área, que também será usada para estimular a pesquisa científica e promover a educação ambiental, é uma adição às outras 78 Unidades de Conservação do Estado. Os espaços, legalmente instituídos pelo Poder Público, têm o objetivo de conservar a biodiversidade, os recursos naturais, o clima, o patrimônio genético e as paisagens de Pernambuco.
Para ler a reportagem completa: Clique aqui
Os professores da Universidade Federal da Vale do São Francisco, José Alves de Siqueira Filho e René Cordeiro, tiveram importância fundamental na criação do parque, como mostra as reportagens do portal Papo Reto, durante e após a criação do Parque:
A verdadeira saga do projeto de preservação do tatu-bola:
Um tatu-bola ameaçado e muitas promessas
Tatu-bola ganha casa nova
Para ter acesso ao documento da criação do Parque:
Decreto 41.546, de 16 de Março de 2015
Jornal do Commercio
Alunos da Univasf pressionam o governo a formalizar proposta
20/03/2015
Tatu-bola ganha casa nova
Escrito por: Papo Reto - Carolina Stanisci (Em: Vida prática, 16/03/2015)
Publicado em: 20/03/2015
Finalmente, o tatu-bola vai ganhar casa própria. O mascote da Copa ameaçado de extinção terá um parque para chamar de seu, com a criação do Refúgio de Vida Silvestre Tatu-bola, pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara, no último sábado, 14/3, na cidade de Petrolina (PE). No ano passado, pesquisadores da Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco) se mobilizaram fortemente em prol da iniciativa.
A unidade de conservação tem 110 mil hectares, abrangendo os municípios pernambucanos de Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista. O objetivo é proteger da devastação a rica biodiversidade da Caatinga. O Tolypeutes tricinctus, considerado na lista internacional de espécies da IUCN como "vulnerável", foi o ponto de partida dos professores da Univasf René Cordeiro e José Alves de Siqueira Filho para a mobilização.
Rene Cordeiro resume a verdadeira saga na qual se transformou o projeto de preservação do tatu-bola:
O local escolhido para abrigar o parque é rico em fauna e flora: tatus, veados, mocós, preás, uma infinidade de répteis e de aves, além de juazeiros, umbuzeiros, umburanas. O lugar pertence ao estado de Pernambuco, e hoje contempla assentamentos realizados pelo Incra. Toda essa riqueza que salta aos olhos dos pesquisadores, porém, está ameaçada.
Os assentados acabaram desmatando muito o entorno e caçam os animais. "Um morador tem uma horta orgânica, mas a maioria lá desmata. Há uma escola também, mas é tudo muito precário. A merenda é macarrão com salsicha, o banheiro é ruim", conta René. "Se não houver preservação, em 10 anos não vai existir mais nada."
Um trabalho de campo feito pelos dois docentes da Univasf revelou o potencial daquilo tudo se tornar um parque. "Perguntamos aos moradores sobre o tatu. Eles diziam: 'Tinha o tatu-bola, o fulano caçava, mas hoje não estamos encontrando'", lembra René. O desaparecimento do tolypeutes tricinctus fez soar o alarme.
Tendo tudo isso em vista, a dupla de amigos pensou: por que não aproveitar o gancho do mascote da Copa, o Fuleco (um tatu-bola), e conseguir recursos para um parque?
Em tempo recorde, colocaram a mão na massa: entraram em contato com o pessoal da Associação Caatinga, responsável pela campanha que alçou o tatu a mascote da Copa, elaboraram um projeto para o parque, que envolve ação educativa, trabalho de campo e formação de guias, procuraram o secretário do Meio Ambiente do Estado de Pernambuco e postaram abaixo-assinado online mobilizando pessoas.
Veja a reportagem completa em: Clique aqui
20/03/2015
Programa Nordeste Viver e Preservar exibe reportagem sobre a Riqueza natural do Boqueirão da Onça
Escrito por: CRAD
Publicado em: 14/12/2014
Foi exibida no último sábado, 13/12/2014, no programa Nordeste Viver e Preservar da Rede Globo, uma reportagem especial sobre as riquezas naturais do Boqueirão da Onça, uma das maiores área de Caatinga preservada ainda existentes.
Durante a reportagem o Professor e Pesquisador da Universidade Federal do Vale do São Francisco, Dr. José Alves de Siqueira Filho, explica que "O Boqueirão da Onça compreende a última grande área Selvagem de todas as Caatingas do Nordeste Brasileiro" e ressalta a necessidade urgente de se criar o maior parque de conservalção extra-amazônico do Brasil.
Ainda segundo o pesquisador, a elevada diversidade biológica presente na região, única nas Caatingas, com espécies endêmicas e ameaçadas da fauna e da flora, torna imprescindível que Brasil tenha o Boqueirão da Onça como Unidade de Conservação de Proteção Integral, processo que se arrasta há mais de 12 anos no Ministério do meio ambiente.
Clique aqui para assistir a reportagem.
14/12/2014
Lançamento do livro guia de campo de Árvores da Caatinga
Escrito por: CRAD
Publicado em: 02/06/2014
O centro de Referência para recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga (Crad/Univasf), Professor Dr. José Alves de Siqueira Filho e demais autores têm o prazer de convidar para o Lançamento do livro Guia de campo de Árvores das Caatingas - Volume II.
O evento acontecerá na segunda feira, dia 09/06/2014, as 18:30h, no auditório da Biblioteca da Univasf, no Campus Centro, Petrolina-PE.
Contato com a presença de todos! Dúvida pelo telefone (87) 2101-4823.
02/06/2014
Vídeo mostra a realidade do Tatu-bola e busca sensibilizar a todos sobre a necessidade de salvar o animal da extinção
Escrito por: acaatinga.org.br
Publicado em: 23/05/2014
O vídeo mostra a realidade do Tatu-bola e busca sensibilizar a sociedade sobre a necessidade de cuidados com esta espécie para salvar o animal da extinção. Quem tiver interesse em colaborar, pode participar da campanha ' Eu Protejo o Tatu-bola' através do site: acaatinga.org.br
Faça parte! Salve o Tatu-bola!
23/05/2014
Lançamento do livro de Arte "Caboclo, marcas do tempo, retratos de uma vila" de Otoniel Fernandes Neto
Escrito por: CRAD
Publicado em: 19/05/2014
19/05/2014
Dia Nacional da Caatinga: Codevasf investe na preservação do bioma
Escrito por: Assessoria de Comunicação - Codevasf
Publicado em: 06/05/2014
A atuação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) estende-se por grandes áreas de Caatinga, no território das bacias dos rios São Francisco e Parnaíba. As ações voltadas para a sua conservação são o destaque do site da Codevasf neste 28 de abril, data em que se comemora o Dia Nacional da Caatinga.
Entre as principais ações desenvolvidas atualmente pela Companhia para a preservação da Caatinga estão a realização de estudos e investimentos na Estação Ecológica de Serra da Canoa, no Parque Estadual Serra do Areal e no Refúgio da Vida Silvestre Riacho do Pontal, em Pernambuco; na área do Monumento Natural Grota do Angico, em Sergipe; e no âmbito do Programa de Desenvolvimento Florestal Sustentável do Araripe, em Pernambuco. A Companhia também tem articulado a criação de uma nova Unidade de Conservação em Alagoas.
"A Caatinga existe apenas no Brasil e é um patrimônio muito valioso. É importante que as instituições unam esforços para preservá-la. Metade da bacia do rio São Francisco está situada na Caatinga, e grande parte das soluções de desenvolvimento regional, foco da atuação da Codevasf, passa 2por esse bioma. É possível conciliar produção econômica e desenvolvimento com a conservação. A conservação, na verdade, resguarda e potencializa o desenvolvimento", afirma o pesquisador José Alves de Siqueira Filho, organizador do livro Flora das Caatingas do rio São Francisco, vencedor do prêmio Jabuti 2013 na categoria Ciências Naturais.
De acordo com Siqueira Filho, a Caatinga é o bioma brasileiro de mais difícil restauração. "As ações de restauração são muito mais caras do que as de conservação, então a conservação é sempre o melhor caminho. Além disso, o trabalho de restauração da Caatinga tem a escassez de água como fator limitante. A implantação bem sucedida de ações de restauração em áreas em que há pouca ou nenhuma água representa um imenso desafio científico e tecnológico", explica o pesquisador, que atua no Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Crad-Univasf). "O umbuzeiro, que é uma árvore emblemática da Caatinga, está ameaçado e pode acabar extinto. As árvores dessa espécie que encontramos hoje em dia são muito idosas, com mais de 100 anos", alerta Siqueira Filho.
A Caatinga ocupa cerca de 11% do território nacional e está presente nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e Minas Gerais. É essencialmente em áreas de Caatinga que vive o tatu-bola, animal escolhido como mascote da Copa do Mundo da Fifa que será realizada no Brasil neste ano. "É uma espécie exclusivamente brasileira que vive em um bioma exclusivamente brasileiro", explica Rodrigo Castro, secretário-executivo da Associação Caatinga, instituição que propôs ao Comitê Organizador Local da Copa do Mundo a adoção do tatu-bola como mascote. Atualmente a Associação mantém uma campanha voltada para a preservação do animal. "Essa espécie é uma bandeira de preservação. A proteção do tatu-bola, de seu habitat, significa a proteção do bioma. A ararinha-azul, por exemplo, é uma espécie nativa da Caatinga que está extinta na natureza desde os anos 2000; hoje ela é encontrada apenas em cativeiro. O tatu-bola corre sério risco de ser extinto nos próximos 50 anos devido principalmente à degradação ambiental", diz Castro.
Estação Ecológica da Serra da Canoa (PE)
A Estação Ecológica da Serra da Canoa, localizada no município de Floresta (PE), possui 7,6 mil hectares e foi criada em abril de 2012. A Codevasf colaborou com a implantação da estação por meio da realização de estudos técnicos, em parceria com equipes da Agência Estadual de Meio Ambiente e da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).
"Para que essa Unidade de Conservação (UC) cumpra plenamente seu objetivo de preservação da natureza e possibilite a realização de pesquisas científicas, uma série de ações é necessária, dentre as quais estão regularização fundiária, levantamento de fauna e flora e elaboração de um plano de manejo. A Codevasf tem articulado com o governo de Pernambuco a celebração de um termo de compromisso que definirá responsabilidades para a execução de cada atividade ainda necessária à consolidação da Estação", diz Sérgio Henrique Alves, gerente de meio ambiente da Codevasf.
A proposta de parceria da Codevasf prevê que a Companhia será responsável por prover recursos para as ações de consolidação da unidade de conservação, por fiscalizar os trabalhos e por prestar suporte técnico às instituições envolvidas; a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) será responsável pela articulação interinstitucional; o Instituto de Terras e Reforma Agrária do Estado de Pernambuco (Iterpe) realizará os trabalhos de georreferenciamento, avaliação de propriedades, desapropriação e aquisição das terras, que pertencerão ao estado; e a Agência Estadual do Meio Ambiente executará as ações de levantamento de fauna e flora.
Unidades de conservação como a da Estação Ecológica da Serra da Canoa são destinadas a preservação, pesquisa e educação ambiental. A Companhia estima que serão necessários investimentos de R$ 10 milhões em ações de consolidação dessa UC. Com investimentos em unidades de conservação, a Codevasf busca, entre outros objetivos, cumprir as obrigações ambientais associadas aos perímetros de irrigação mantidos na bacia do rio São Francisco.
Novas Unidades de Conservação em Pernambuco
Em 28 de março deste ano foram implantadas duas unidades de conservação na área de reserva legal do Projeto Pontal, mantido pela Codevasf em Petrolina (PE) para o desenvolvimento de atividades agropecuárias: o Parque Estadual Serra do Areal e o Refúgio de Vida Silvestre Riacho do Pontal. As UCs ocuparão aproximadamente seis mil hectares de vegetação nativa do bioma Caatinga nas áreas de reserva legal do Pontal – a área será doada pela Codevasf ao estado de Pernambuco. A implantação dos parques foi aprovada pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente em fevereiro deste ano.
A constituição dos conselhos gestores das duas Unidades de Conservação já está definida. Os conselhos serão formados por representantes do poder público e da sociedade civil. Por parte do poder público haverá representantes das seguintes instituições: Codevasf, Embrapa, Semas, CPRH, Ibama, ICMBio, prefeitura de Petrolina (por meio da Agência Municipal do Meio Ambiente) e Ipa. Pela sociedade civil, integrarão os conselhos representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Petrolina, da Universidade Federal do Vale do São Francisco e de associações de comunidades localizadas nas proximidades do Projeto Pontal – Icozeiro, Bom Jardim, Lajedo, Vira Beiju e Uruás, entre outras.
Monumento Natural Grota do Angico (SE)
A Superintendência da Codevasf em Sergipe finalizou mais uma etapa do processo de aquisição de uma área de Caatinga para ampliação da Unidade de Conservação do Monumento Natural Grota do Angico, no município de Poço Redondo, no Alto Sertão do estado.
Em vistoria realizada com a Administração Estadual do Meio Ambiente de Sergipe (Adema), no último dia 17, foi aprovada uma área de 85,3 hectares, contígua à UC mantida atualmente pelo governo local. A Codevasf deverá investir R$ 181 mil na aquisição do terreno, que em seguida será doado ao estado. A aquisição da área servirá de compensação ambiental da Codevasf pela implantação do perímetro irrigado Jacaré-Curituba entre os municípios de Poço Redondo e Canindé de São Francisco.
Nova Unidade de Conservação em Alagoas
O estado de Alagoas terá uma nova Unidade de Conservação, de aproximadamente dois mil hectares, às margens do rio São Francisco, no município de Piranhas. A área já foi identificada e deverá passar por um processo de georreferenciamento. Os esforços voltados para a criação da UC estão sendo realizados conjuntamente, pela Codevasf e pelo Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA).
"Essa área apresenta significativas amostras de remanescentes de ecossistemas originais da Caatinga na região e por isso sua proteção é um grande ganho. Ela é ainda mais valiosa por estar localizada às margens do São Francisco", avalia o engenheiro Valdemir Vieira, da gerência de Meio Ambiente da Codevasf.
Programa de Desenvolvimento Florestal Sustentável do Araripe (PE)
A preservação, a exploração sustentável e a revitalização da Caatinga na região do Araripe, no Noroeste de Pernambuco, são os principais objetivos do Programa de Desenvolvimento Florestal Sustentável do Araripe. Uma parceria firmada pela Codevasf com a Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária (Sara) de Pernambuco está investindo R$ 6,4 milhões no programa.
A região do Araripe é constituída por 15 municípios e sofre intensa pressão sobre seus recursos naturais. Na área está situado o principal polo gesseiro do Brasil. A indústria do gesso é muito dependente da exploração de lenha, o que é desfavorável para a conservação de florestas nativas. “O apoio ao manejo florestal da Caatinga é um esforço voltado para a diminuição do desmatamento. A exploração sustentável da lenha ajuda a conservar parte do bioma”, afirma Camilo Souza, analista em desenvolvimento regional da Unidade de Conservação de Água, Solo e Recursos Florestais da Codevasf.
O principal foco do programa – implantado sob a responsabilidade do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), vinculado à Sara – é subsidiar o planejamento territorial da região do Araripe por meio da reunião de dados e da elaboração de um zoneamento agroecológico que permitirá caracterizar, identificar e espacializar áreas especialmente valiosas para a preservação, a conservação, a recuperação e a produção florestal.
A primeira etapa do zoneamento – a cartografia – já foi concluída. Até julho deste ano será contratado o serviço de levantamento pedológico, que consiste na avaliação das características do solo. Associado a outros estudos, esse levantamento possibilitará a identificação das aptidões da região para o desenvolvimento florestal.
Veja fotos ilustrativas: Clique aqui
06/05/2014
Fifa e governo desafiados a conter matança de tatus-bola
Escrito por: Aline Reskalla - O tempo
Publicado em: 29/04/2014
Longe dos holofotes que envolvem a preparação para a Copa do Mundo de Futebol no Brasil, há cerca de 30 dias mais nove tatus-bola foram mortos por um caçador preso em uma estação ecológica do Rio Grande do Norte. O episódio, comum na Caatinga, marcou um grupo de biólogos que fazia uma expedição no local, já impressionados com a devastação do bioma e suas espécies. O grupo de pesquisadores pedem que cada gol da Copa vire 1.000 hectares de Caatinga protegidos.
Clique aqui para visualizar a reportagem completa.
29/04/2014
Terra do Tatu Bola - Reportagem "O Valor", de Crateús (CE)
Escrito por: Sergio Adeodato, para
o Valor
Publicado em: 24/04/2014
Reportagem declara que escolha do mamífero tatu-bola como símbolo da
Copa do Mundo contribui muito pouco para as iniciativas de conservação da
espécie e especialistas afirmam que "O futuro do animal depende
da Copa"
Segundo José Alves de Siqueira, diretor do Centro de Referência para a Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga (CRAD), em Petrolina (PE) "A perda de habitat, causada pelo desmatamento, foi muito severa nas últimas duas décadas...", "A contribuição da Copa do Mundo seria bastante positiva, se cada gol resultasse em 1 mil hectares de área protegida", completa.
Clique aqui para visualizar a reportagem completa.
24/04/2014
Extensão de obra no São Francisco é quase a distância entre Recife e Salvador
Escrito por: http://surgiu.com/n/137461
Publicado em: 24/02/2014
Reportagem analisa como está sendo contruído o maior empreendimento de infraestrutura hídrica do Brasil.
Clique aqui para ler a reportagem completa.
24/02/2014
Parque Tatu-bola e Boqueirão da Onça são prioridades para conser- vação
Escrito por: ICMBIO EDIÇÃO 282 - ANO 7 - 21 DE FEVEREIRO DE 2014
Publicado em: 21/02/2014
Entre os dias 23 e 30 de janeiro, pesquisadores da Floresta Nacional da Restinga de Cabedelo (PB), Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) participaram da expedição Catingueira 2014, que percorreu quase 4 mil quilômetros entre o oeste de Pernambuco, o sul do Piauí e o norte da Bahia. A atividade, custeada pelo CNPq com apoio logístico da Flona, buscou analisar o impacto humano sobre a Caatinga e identificar áreas bem conservadas deste bioma no semiárido nordestino. “Queríamos ver as caatingas em seu estado mais conservado, nas regiões menos densamente povoadas, para ter uma impressão geral de como esse ecossistema difere das zonas mais povoadas que conhecemos e das mais distantes”, explica Felipe Melo, pesquisador do Laboratório de Ecologia Aplicada da UFPE. Entre as descobertas da prospecção estão as próprias áreas de Caatinga conservada nessas regiões, como Boqueirão da Onça, em Sento Sé (BA), onde os pesquisadores encontraram a terceira população de discocactus bahiensis – cacto endêmico da Caatinga – de que se tem conhecimento no Brasil. “Esta área é um testemunho biológico e histórico do sertão, das caatingas. Lugar de valor inestimável à conservação da biodiversidade, cheio de nascentes e riquezas paleontológicas e arqueológicas, mas também por onde passou a Coluna Prestes por duas vezes”, avalia Felipe, ressaltando a necessidade de conservação do local. “Precisamos criar mais unidades de conservação para proteger as últimas porções verdadeiramente conservadas de Caatinga.” Além de Boqueirão da Onça, outra área bem conservada identificada pelos pesquisadores como prioritária para criação de UC está no oeste pernambucano, para a qual José Alves, da Univasf, propõe a criação do Parque do Tatu-Bola, que seria dedicado ao animal símbolo da Copa do Mundo deste ano, abrangendo os municípios de Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista. De acordo com Felipe, a expedição Catingueira 2014 agrega valor ao Projeto Ecológico de Longa Duração (PELD) aprovado por diversos pesquisadores junto ao CNPq, entre os quais os envolvidos na expedição, com o objetivo de entender como as mudanças climáticas e de uso de solo estão afetando a biodiversidade das caatingas. Segundo ele, os locais identificados na prospecção serão alvo de novas expedições e estudos contínuos em Ecologia, Botânica, Zoologia e Socioecologia. “Essa atividade conjunta”, enfatiza Orione Álvares, analista ambiental da Flona Restinga de Cabedelo, “marca uma aproximação definitiva entre as linhas de pesquisa dos pesquisadores envolvidos, unindo Projeto Extremo Oriental das Américas, UFPB, UFPE e Univasf para o intercâmbio de conhecimentos e competências em prol da conservação da Caatinga”. Nesse sentido, Bráulio Santos, do Departamento de Ecologia e Sistemática da UFPB, destaca que a mobilização de esforços para o estudo do referido bioma auxiliará na análise do impacto das perturbações crônicas que atingem a Caatinga. “Diferentemente do desmatamento, estas são perturbações humanas dificilmente captadas por imagens de satélite, porém muito frequentes e com grandes danos ao ambiente, como o lixo, a extração de lenha e a criação extensiva de caprinos e bovinos”, explica. Ante as conclusões obtidas por meio da última expedição, o grupo de pesquisadores também deverá elaborar artigo científico que se pretenderá “uma síntese provocativa sobre as caatingas”, segundo Felipe. “Queremos mostrar que temos um fértil ambiente de questões de fronteira científica e de conservação que podem ser respondidas usando as caatingas como modelo. Afinal, o outro ecossistema que tem uma presença humana tão intensa e antiga é a Mata Atlântica, mas essa foi totalmente modificada e devastada, enquanto as caatingas ainda estão em grande quantidade – a maioria modificada, mas prestando serviços ambientais e abrigando biodiversidade”, pondera.
Fonte: ICMBIO
21/02/2014
Projeto Ações Educativas em Saúde Ambiental e Humana - PIBEX/UNIVASF
Escrito por: René Cordeiro
Publicado em: 21/02/2014
Na próxima segunda-feira (24/02), será firmada uma parceria entre o Crad/Univasf - Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradas da Caatinga e o Projeto Ações Educativas em Saúde Ambiental e Humana - PIBEX/UNIVASF. O projeto é Coordenado pelo Professor René Cordeiro e tem como colaboradores os Professores João Alves , Keila Moreira Batista, Vanessa Barros, Cesar Silva e alunos dos Cursos de Medicina Veterinária, Zootecnia, Engenharia Agronômica, Ciências Biológicas, Medicina e Ciências Farmacêuticas, da Univasf. O objetivo principal desta parceria será a promoção de ações educativas junto às escolas e unidades familiares situadas nas áreas de atuação do Crad. De acordo com o Diretor, Professor José Alves, esta parceria irá consolidar ainda mais o caráter interdisciplinar do Crad, agregando cada vez mais novos parceiros. O projeto terá sua sede estabelecida em uma das salas do complexo do Crad, localizado no Campus Ciências Agrárias da Univasf.
21/02/2014
Recuperação de um Olho d'água: Uma ação de Cidadania e Respeito pela Mãe Natureza.
Escrito por: Dayane Fernandes e Elaine Nunes
Publicado em: 15/02/2014
O Brejo da Brázida é um pequeno povoado isolado no coração do Boqueirão da Onça, no município de Sento Sé, Bahia. Povoado pequeno apenas em número de ruas, mas enorme quando se mede o esforço na conservação pelos patrimônios naturais de suas terras. Movidos pelo desejo de mudança e guiados pelo espírito ambientalista de sua representante maior, Dona Mariluze Amaral, líder comunitária.
Através desta mulher tão guerreira, que tem na sua alma, à vontade e verdadeiro amor pelo Brejo da Brázida, bem como pelas Caatingas, buscaram-se alternativas para a restauração da área mais preciosa, uma delicada nascente de águas cristalinas e termais que perdeu praticamente toda a sua mata ciliar pelo mau uso da terra ao longo dos últimos anos.
Na manhã da terça- feira dia 17/12/2013, um braço forte chegou ao Brejo. A equipe do Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga – CRAD, contando com uma equipe de 26 pessoas, reforçado pela turma de alunos das disciplinas de Ecologia de Ecossistemas e Biologia da Conservação do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal Vale do São Francisco (UNIVASF), sob a orientação do Professor José Alves Siqueira Filho, atuaram intensamente nessa atividade, que muito mais do que plantar mudas, foi uma ação de cidadania, vida, esperança e grande aprendizado.
As mudas e sementes trazidas pelo CRAD foram escolhidas cuidadosamente e de forma diversificada, o Professor José Alves fez uma avaliação do plantio com o objetivo de promover uma nova dinâmica na sucessão ecológica e assim restabelecer as funções ecossistêmicas do Olho D’água.
O plantio de sementes e mudas, contenção da erosão com técnicas de bioengenharia promoveu a recuperação da área da nascente do Olho D’água do Brejo da Brázida, que é uma nascente perene em que a água brota do subsolo incansavelmente. Esta riqueza precisava urgentemente de maior atenção e cuidados. Neste sentido, a presença da comunidade no dia da ação foi a arma mais valiosa na atividade de recuperação, o interesse e cuidados da comunidade com o cercamento da área contribuiu decisivamente para promover a recuperação desta nascente que oferece água para mais de 500 pessoas na comunidade do Brejo da Brázida.
15/02/2014
Reunião discute a implantação do Parque do Tatu Bola
Escrito por: Roseanne Albuquerque - Assessoria de Comunicação - PMP
Publicado em: 31/01/2014
A criação do Parque do Tatu Bola do Semiárido foi o principal tema de reunião que aconteceu na noite desta quinta, no gabinete da prefeitura de Petrolina. Estiveram presente o prefeito Julio Lossio; o secretário estadual do Meio Ambiente, Sérgio Xavier, o professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco, José Alves de Siqueira; além de representantes da Agência Estadual do Meio Ambiente e das prefeituras de Santa Maria da Boa Vista e Lagoa Grande.
O projeto – que deve ser desenvolvido de maneira interinstitucional, com a participação das esferas públicas dos poderes constituídos, universidade, Conselhos de Meio Ambiente e a comunidade de maneira geral – objetiva conscientizar a população sobre a importância da preservação do bioma caatinga, além de preservar a espécie do tatu bola, escolhido como mascote da Copa do Mundo 2014. Essa espécie ocorre apenas na caatinga e no cerrado e figura na lista dos animais ameaçados de extinção.
O grupo que participou da reunião na noite desta quinta já pretende lançar oficialmente o projeto do Parque em abril, no Dia da Caatinga. Pesquisadores do Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga (CRAD) da Univasf, sob a coordenação do professor José Alves de Siqueira , já mapearam as áreas mais propícias para a instalação das unidades de conservação, compreendendo regiões de Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista.
“Este é um momento ímpar, termos representantes de tantas instituições embuidos nesse projeto que visa, sobretudo, a preservação desse bioma que é único. Precisamos pensar no desenvolvimento sustentável, preservando a biodiversidade. Não podemos deixar passar esse momento no qual teremos um evento que vai atrair os olhos do mundo inteiro. Temos que fazer esse projeto de forma arrojada”, destacou o professor José Alves Siqueira, da Univasf. Junto à sua equipe, o docente já fez estudos preliminares - que incluem dados como definição das áreas de interesse, visitas in loco, macro avaliação da paisagem – que servem de subsídio para que órgãos como as prefeituras envolvidas e o governo do Estado já busquem andar com os trâmites burocráticos e a aquisição de recursos.
O secretário estadual do Meio Ambiente, Sergio Xavier, elogiou a iniciativa e já colocou sua equipe à disposição para o avanço na implantação do Parque do Tatu Bola. “No que depender do governo estadual, contem conosco. Estamos impressionados com os estudos de alto nível que já forma feitos pela Universidade Federal do Vale do São Francisco e já podemos sair com um compromisso firmado. Temos essa dívida com o meio ambiente. É impressionante como a humanidade, por mais que detenha conhecimento, ainda continue agredindo o meio ambiente de forma tão intensa, e isso a gente vê, isso a gente tem conhecimento através dos Fóruns dos quais participamos. Então, se pudermos fazer a nossa parte, preservando a natureza que está perto de nós, já é um grande passo”, pontuou.
Para o prefeito de Petrolina, Julio Lossio, a implantação de um projeto como esse é de suma importância, sobretudo a médio e longo prazo. "A caatinga é um bioma único, com toda a sua diversidade, responsável por 60% da área do Nordeste. É uma região importante não só do ponto de vista regional, mas nacional e internacional. Precisa ainda ter mais estudos em cima de sua diversidade e acreditamos que quando implantamos um Parque como esse, estamos ajudando a preservar as espécies e também oferecendo um equipamento importante para que os pesquisadores, estudantes e a própria população possam ter como referência na hora de estudar e conhecer o ambiente no qual estão inseridos", destacou.
No próximo dia 13, em Recife, durante reunião do Conselho Estadual do Meio Ambiente, o projeto será apresentado.
31/01/2014
Rio São Francisco: os peixes se foram - Reportagem discute o esgotamento de estoques pesqueiros.
Escrito por: CRAD
Publicado em: 26/11/2013
O esgotamento dos estoques pesqueiros e a redução significativa da vazão do Rio São Francisco, provocados pela falta de consciência ambiental de populações ribeirinhas e, principalmente, por políticas públicas desastrosas, é o assunto de uma reportagem inédita publicada pelo ((o)) eco e de sessão do projeto "Cinema no rio".
A reportagem cita o capítulo "O inexorável fim do São Francisco", presente na obra "Flora das Caatingas do Rio São Francisco: História Natural e Conservação", no qual o autor, Professor José Alves de Siqueira Filho, da Universidade Federal do Vale do São Francisco, já resaltava os prejuízo e as consequências da construção de obras sem o devido planejamento e o uso tecnologias de minimização de impacto.
Para ler a reportagem completa Clique aqui
Créditos: Camila Fróis (Texto) e André Fossati (Fotos)
26/11/2013
Conservação das Caatingas será tema de palestra e conferência, com José Alves de Siqueira Filho
Escrito por: CRAD
Publicado em: 09/11/2013
Conservação da biodiversidade na Caatinga, Nordeste do Brasil será o tema da conferência de abertura do VIII Simpósio de Ecologia, Genética e Evolução de Drosophila, que acontecerá entre 11 e 14 de Novembro de 2013, em Porto de Galinhas, Pernambuco. A palestra será ministrada pelo Professor Dr. José Alves de Siqueira Filho, da Universidade Federal do Vale do São Francisco, e terá início as 17h30, no Enotel Spa e Resort. O Programa completo pode ser visto aqui.
Já no dia 16/11, sábado, a palestra Ecologia e conservação das Caatinga do Rio São Francisco, também com José Alves de Siqueira Filho, será debatido na Ecofliporto, um espaço criado dentro da Festa Literária Internacional de Pernambuco para discutir questões socioambientais. A palestra acontecerá na Biblioteca Pública de Olinda, no Parque do Carmo, Pernambuco e terá início as 15h30.
09/11/2013
Convite para solenidade de entrega do 55º Prêmio Jabuti
Escrito por: CRAD
Publicado em: 08/11/2013
Convidamos a todos para prestigiarem a solenidade de entrega do 55º Prêmio Jabuti, na qual o Professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco, José Alves de Siqueira Filho, será premiado como o 1ºlugar da categoria Ciências Naturais, pela obra Flora das Caatingas do Rio São Francisco: História Natural e Conservação, o mais completo estudo já realizado sobre as Caatingas.
Parabenizamos a todos os autores pela conquista do mais importante reconhecimento literário do Brasil!
08/11/2013
Flora das Caatingas é o grande vencedor da 55ª edição do prêmio Jabuti
Escrito por: CRAD
Publicado em: 18/10/2013
Comunicamos a todos, orgulhosamente, que o livro Flora das Caatingas do Rio São Francisco: História Natural e Conservação, de José Alves de Siqueira Filho, foi o grande vencedor do prêmio Jabuti 2013, na categoria Ciências Naturais.
O Prêmio Jabuti é o mais importante reconhecimento literário do Brasil e desde 1959 reconhece e premia os melhores livros do país. Em sua 55ª edição (2013) o prêmio recebeu mais de duas mil participações. Foram aceitas obras inéditas, editadas no Brasil, entre 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2012, inscritas no ISBN e que apresentavam ficha catalográfica.
Parabenizamos os autores e a todos que acreditaram na causa da conservação!
18/10/2013
Reportagem “Muito Além da Seca” - programa Terra da Gente.
Escrito por: CRAD
Publicado em: 25/09/2013
Neste sábado, dia 28/09/2013 às 14h, será exibida a reportagem “Muito além da Seca”, no programa Terra da Gente, TV Globo, onde a equipe do CRAD composta por José Alves, Vinicius Cotarelli, Fabrício Francisco, Duilio Paulino e Handerson Leandro realizaram uma expedição em áreas remotas no Parque Nacional Serra das Confusões em busca de novos registros de coletas botânicas para o Parque, evidenciando o Bioma Caatinga.
Uma parte da reportagem se passa nas instalações do Herbário HVASF. Vale a pena conferir!
25/09/2013
Lançamento do livro de arte Velho Chico Ilustrado
Escrito por: CRAD
Publicado em: 23/09/2013
Velho Chico em pinturas, tributo a José Theodomiro de Araújo (1937-2003)
Será Lançado pela UNIVASF, no Campus de Juazeiro, no próximo dia 27 às 19 horas, o livro “Velho Chico Ilustrado” uma nova versão da obra de Otoniel Fernandes com suas pinturas inspiradas no povo e na paisagem do São Francisco.
O Lançamento ocorrerá durante o II Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar da UNIVASF promovido pelo PEV (Projeto Escola Verde), entre os dias 26 e 28 de setembro de 2013.
O artista que seguiu o curso do rio desde as nascentes até a foz, entre 1998 e 1999 para produzir mais de 70 pinturas do Chico, visitou na época parques nacionais, povoados, cidades, ilhas, portos, atracadouros, represas e demais paisagens do São Francisco.
O resultado da solitária missão artística resultou numa obra extremamente colorida e luminosa, também carregada de afetos pelo Velho Chico. A coleção foi muito aplaudida e já esteve exposta em Juazeiro e Petrolina. Na ocasião o pintor recebeu uma homenagem ímpar ao seu trabalho, um texto intitulado “A Saga do Velho Chico” dedicado por José Theodomiro de Araújo. Quando José Theodomiro faleceu, em 2003, Otoniel prometeu a si próprio, um dia reeditar o livro ressaltando o texto do amigo como uma Introdução Especial. Agora 10 anos passados da morte de José Theodomiro, o pintor cumpre sua promessa com essa nova versão do livro, que tem essa Introdução especialmente ilustrada com vários desenhos históricos feitos nas margens do São Francisco há mais de 130 anos, em 1879, pelo escritor e engenheiro baiano Theodoro Sampaio.
Essa nova edição sob o título “Velho Chico Ilustrado”, pode ser conferida bilíngüe em português / espanhol, com 180 páginas coloridas.
O projeto do artista foi patrocinado através da Lei Rouanet, Ministério da Cultura. Serviço: Livro "Velho Chico Ilustrado”.
Lançamento e sessão de autógrafos: 27 de setembro de 2013 (sexta-feira), às 19 horas. No Auditório Principal do Complexo Multieventos da UNIVASF. Campus, Juazeiro - BA.
Haverá sorteio de 10 livros entre o público estudantil presente. O livro será vendido no lançamento por R$ 40,00.
Informações Fone: (87)2101-4823 - CRAD
Outras informações: (87) 9998-3431 - Cosme.
23/09/2013
Credenciamento do HVASF como fiel depositário
Escrito por: Vinicius Messas Cotarelli
Publicado em: 09/09/2013
É com muita alegria que notificamos o credenciamento do herbário HVASF como instituição fiel depositária. O documento foi emitido através do processo nº 089/2013/SECEX/CGEN, publicado no D.O.U nº 123, de 28 de junho de 2013, Seção3, página 177 e o credenciamento foi informado ao CGEN em sua 104ª Reunião Ordinária, realizada em 23,24 e 25 de julho de 2013.
O credenciamento do Herbário o ajusta dentro dos termos da Convenção da Diversidade Biológica, dando maior visibilidade no cenário nacional e internacional, facilitando o recebimento de verbas e doações de materiais internacionalmente.
09/09/2013
De 09/09 a 13/09 o Crad receberá visita de pesquisadoras de Portugal
Escrito por: Ana Claudia Pereira de Oliveira
Publicado em: 05/09/2013
O Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga (CRAD/UNIVASF) convida a comunidade acadêmica para prestigiar as palestras "Indicadores de desertificação: o potencial da diversidade funcional", com a Profª Drª Cristina Branquinho e "O restauro ecológico em terras áridas (drylands) ou degradadas" com a Drª Alice Nunes, ambas da Universidade de Lisboa, Portugal.
A Professora Dra. Cristina Branquinho desde 1992 vem trabalhando em Ecologia e com temas ambientais. Participou de 38 projetos de pesquisa, desenvolve trabalhos de restauração ecológica, sobretudo associado às minas e pedreiras e atualmente está associada à COST Action ES1104 Arid Lands Restoration and Combat of Desertification: Setting Up a Drylands and Desert Restoration Hub na Europa, sendo representante da Universidade de Lisboa na Rede de Estudos Ambientais dos Países de Língua Portuguesa (REALP). Tem 42 artigos publicados, a maioria em revistas internacionais, (ISI) e 11 capítulos de livros.
A Dra. Alice Nunes é Mestre em Bioestatística com formação em Biologia. Desde 2002 participou em 6 projetos de investigação em Ecologia, nas áreas ecofisiologia e diversidade funcional da vegetação mediterrânica e restauro ecológico de áreas degradadas ou desertificadas. Tem 5 artigos publicados em revistas internacionais (ISI) e 2 em revistas nacionais. Doutoranda do Programa Doutoral em Biologia e Ecologia das Alterações Globais (Universidade de Lisboa e Universidade de Aveiro), sob orientação da Dra. Cristina Branquinho, Dra. Otília Correia e Dr. Francesco De Bello.
Os interesses de investigação atuais, das respectivas pesquisadoras, estão relacionados com o estudo da diversidade funcional de plantas em resposta aos processos de desertificação e degradação do solo, no sentido de encontrar um indicador universal que possa ser testado em outras zonas do globo.
05/09/2013
Flora das Caatingas do São Francisco - Lançamento em São Raimundo Nonato
Escrito por: André Pessoa/PortalSRN
Publicado em: 17/06/2013
O livro "Flora das Caatingas do Rio São Francisco - História Natural e Conservação", de autoria do pesquisador pernambucano José Alves de Siqueira Filho, será lançado no próximo dia 22 de junho, sábado, às 19h, no auditório do Museu do Homem Americano, na cidade de São Raimundo Nonato (525 km de Teresina). A intenção dos organizadores é reunir pesquisadores, estudante e professores da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Universidade Estadual do Piauí (Uespi), Instituto Federal de Educação (IFPI), além de várias outras instituições e público interessado no assunto, para uma noite de debates sobre as Caatingas e sua rica biodiversidade.
A pesquisadora Niéde Guidon, que nesse ano completa 40 anos da Missão Franco-Brasileira de Arqueologia do Piauí, será homenageada com a entrega de um exemplar simbólico para a biblioteca da Fundação Museu do Homem Americano. Guidon é uma das pesquisadoras citadas pelo autor na apresentação do livro por ter dedicado grande parte de sua vida a conservação e ao conhecimento desse ambiente natural exclusivamente brasileiro.
O livro é fruto dos sonhos e dedicação do professor José Alves, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), e materializa o resultado de quatro anos de pesquisa, onde eles percorreram mais de 340 mil km em 212 expedições ao longo das obras de transposição do Rio São Francisco.
A publicação conta com 99 colaboradores que realizaram esforços contínuos em desbravar e conhecer os mecanismos que regulam e organizam as comunidades florísticas nas Caatingas do São Francisco e permitiram identificar 1031 espécies de plantas.
Aspectos biogeográficos, relações com clima, o solo, os desafios, as oportunidades, a história de vida e a ecologia de uma vasta flora, incluindo as plantas aquáticas, que se ampliam aos olhos da ciência à medida que se ampliam os inventários biológicos sertão adentro, são abordados no livro.
Ao mesmo tempo em que traz informações com base científica sobre a necessária conservação e as reais dimensões deste patrimônio ambiental genuinamente brasileiro, o livro instiga os sentidos e a imaginação do leitor através de cerca de 400 imagens que deslumbram ao revelar uma paisagem multicolorida, que pode surpreender quem não conhece a Caatinga e suas diversas cores.
O evento começa com a homenagem a pesquisadora Niéde Guidon e prossegue com uma aula-debate sobre o Bioma da Caatinga. A ideia é criar um canal de comunicação entre o autor, os estudantes e todos os interessados que poderão fazer perguntas e trazer subsídios para o debate. Ao final da mesa redonda, será servido um coquetel regional com salgados e sucos naturais, seguido por noite de autografos do autor.
17/06/2013
O Herbário Vale do São Francisco (HVASF) alcança a marca histórica de 20.000 plantas
Escrito por: CRAD
Publicado em: 10/06/2013
O Herbário Vale do São Francisco (HVASF), fundado pelo Botânico Prof. José Alves de Siqueira Filho em 14 de novembro de 2005, com apenas 25 amostras em seu acervo. O esforço de coleta evoluiu de modo admirável, e hoje, com apenas sete anos de jornada, alcança o recorde de 20.000 exsicatas, uma média de 2.500 espécimes por ano. Herbários mais antigos como o Herbário da Universidade Federal de Sergipe (ASE) e 38 anos de fundação, assim como o Herbário Sérgio Tavares (HST) fundado em 1960 possuem um acervo semelhante ao HVASF. O crescimento dos últimos anos foi estimulado pelos inventários florísticos desenvolvidos no âmbito do Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias do Nordeste Setentrional, apoiado pelo Ministério da Integração Nacional. Assim, o Herbário HVASF possui no seu acervo 189 famílias botânicas, 1086 gêneros e 3147 espécies.
Na coleção do HVASF encontram-se valiosos registros para a ciência, como por exemplo, Azolla pinnata R. Br (Salviniaceae) e Enneapogon cenchroides (Roem. & Schult.) C.E. Hubb. (Poaceae), as quais foram coletadas como primeiro registro no território nacional. A coleta da raríssima Prosopis ruscifolia Griseb. (Fabaceae), cuja última coleta foi realizada em 1952; além de exemplares que representam novos registros para o Nordeste e para a Caatinga estão depositadas no seu acervo. Duas novas espécies inéditas estão em fase de descrição para a ciência. A planta 20.000 foi coletada no Parque Nacional do Vale do Catimbau, em Buíque, sertão de Pernambuco. Trata-se da espécie Ichnanthus nemoralis (Schrad. ex Schult.) Hitchc. & Chase pertencente à família Poaceae. Comparado aos principais herbários do Nordeste, o HVASF é o segundo com maior número de coletas em relação ao tempo, no qual 90% das exsicatas depositadas neste acervo são provenientes de áreas de Caatinga.
O Herbário HVASF é possui forte dinamismo e intenso intercâmbio de material botânico entre pesquisadores de várias universidades e institutos de pesquisa do Brasil. Além disso, o HVASF presta um enorme serviço na formação dos alunos de vários cursos de graduação e pós-graduação da UNIVASF, como Ciências Biológicas, Farmacêuticas e da Natureza, Engenharia Agronômica, Zootecnia, Medicina Veterinária, o que confere maior credibilidade para os estudos desenvolvidos na universidade. Assim, o Herbário HVASF segue na sua missão central de tornar-se uma referência para a Flora da Caatinga, um ecossistema unicamente brasileiro e com elevada biodiversidade.
Visite o novo site do Herbário: www.hvasf.univasf.edu.br
10/06/2013
Univasf investe em conhecimento da fauna e flora para a restauração da área impactada
Escrito por: CRAD
Publicado em: 28/05/2013
Clique aqui para ler a reportagem de Sérgio Adeodato, publicado em O Valor, de São Paulo, no dia 27/05/2013.
28/05/2013
Lançamento de livro reúne pesquisadores na Univasf
Escrito por: Karen Lima
Publicado em: 15/05/2013
O lançamento do livro “Flora das Caatingas do Rio São Francisco: história natural e conservação” ocorreu na última segunda-feira (22), no Complexo Multieventos da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) no campus de Juazeiro – BA. O intuito foi apresentar a obra, que foca a diversidade do ecossistema Caatinga e a importância da sua preservação, para a sociedade.
A publicação faz parte do Programa de Conservação da Fauna e Flora, do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) e é decorrente de quatro anos de pesquisa, resultando na identificação de mais de mil espécies de plantas. Em torno dos 13 capítulos do livro, aspectos da Caatinga são abordados como relações com o clima, os desafios, as oportunidades, a história e a diversidade ecológica da vasta flora, inclusive algumas plantas aquáticas, através de cerca de 400 imagens.
Esse trabalho foi financiado pelo Ministério da Integração Nacional (MI), organizado pelo Prof. Dr. José Alves de Siqueira com a colaboração de 99 pesquisadores de todo o país, dentre eles pesquisadores da Univasf. Como uma alerta à sociedade sobre os impactos das áreas degradadas e os principais desafios do bioma, Flora das Caatingas do Rio São Francisco enfatiza a necessidade da preservação e da restauração ecológica.
O livro aborda, principalmente, a biodiversidade e a beleza ainda não reconhecidas da Caatinga. “O objetivo central é quebrar os paradigmas da conservação, os paradigmas da caatinga suja, feia, terra rachada… Mostrar para a população brasileira que a caatinga é muito mais do que isso, tem singularidade, beleza, pluralidade, enfim, a nossa casa, a nossa terra tem valor”, afirmou o professor José Alves.
O lançamento contou com a presença de alguns dos pesquisadores que colaboraram com o livro, do Prof. Dr. José Alves, o Reitor e vice-reitor da Univasf e a Secretária de Cultura de Petrolina. Antes do lançamento, houve a apresentação da peça “O dia em que o diabo menosprezou o nordeste”, que enfatizou a riqueza do ecossistema Caatinga. O espaço contou com a exposição de fotografias com os temas “O grito da Caatinga” e “Flores do Sertão”.
De acordo com Fabrício Silva, co-autor do capítulo 9, “o lançamento superou as expectativas devido ao grande número de pessoas presentes, especialmente, por ser em uma segunda-feira, o que demonstra a importância deste ecossistema. Além disso, o fato de alguns pesquisadores terem abordado seus respectivos capítulos, deu maior credibilidade à obra”, disse.
Com o intuito de divulgação para esclarecer e apresentar questões importantes que impliquem no melhor conhecimento do bioma, o livro foi distribuído em algumas bibliotecas das universidades regionais e para alguns professores de ciência da rede municipal e estadual de ensino. O livro pode ser adquirido também através do site do Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga (CRAD).
15/05/2013
Lançamento do livro "Flora das Caatingas do Rio São Francisco"
Escrito por: CRAD
Publicado em: 18/04/2013
Convidamos a todos para o lançamento do livro Flora das caatingas do São Francisco: história natural e conservação, organizado pelo Professor do colegiado de Ciências Biológicas, o Dr. José Alves de Siqueira Filho.
Onde: Univasf, Complexo Multievento, campus de Juazeiro-BA
Quando: 22/04/2013 (Segunda-Feira)
Horário: 19h00
18/04/2013
A história natural e as caatingas nos séculos XVIII e XIX: relatos de viagem, coleções e notícias
Escrito por: CRAD
Publicado em: 16/04/2013
As caatingas foram objeto de conhecimento desde o início da colonização. No século XVIII, porém, a busca de informações sobre o semiárido se sistematizou, com a presença de enviados da Coroa que haviam passado por algum tipo de formação em história natural. No século XIX, além de serem objeto de estudos de brasileiros, as caatingas receberam alguns naturalistas europeus, que marcaram profundamente o conhecimento sobre a região. Sabe-se que a maior parte dos pesquisadores se dirigia para a Mata Atlântica e em menor escala para o Cerrado e a Amazônia. Era comum que se evitassem as caatingas. A ausência de relatos e imagens do sertão nordestino é apenas aparente. Quando se pesquisa mais detidamente a documentação de época encontra-se relevante material coletado e pesquisado, além de se perceber que a circulação de sementes, mudas e herbários foi bem mais ampla do que se poderia crer à primeira vista.
Data: 23/04/2013
Local: Auditório da Biblioteca da Univasf, Campus Centro, Petrolina-PE
Horário: 20h00min
16/04/2013
Curso de Campo: Ecologia e Conservação da Caatinga - 2013
Escrito por: CRAD
Publicado em: 15/04/2013
A sexta edição do Curso de Ecologia e Conservação da Caatinga, organizada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em parceria com a Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), será realizado de 05 a 26 de maio de 2013 no Parque Nacional do Catimbau, Buíque, Pernambuco.
O curso é uma disciplina da grade curricular do Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal - PPGBV do Departamento de Botânica da UFPE, tendo por objetivo:
"Proporcionar ao aluno capacidade para identificar questões, formular hipóteses, desenvolver metodologias e executar projetos em ecologia no ecossistema de Caatinga. Fornecer arcabouço teórico e experiência prática na análise de distribuição espacial, demografia e dinâmica populacional, bem como interações entre espécies, estrutura e função de comunidades. Ainda, oferecer treinamento em ferramentas e conceitos de biologia da conservação tais como: status de conservação da diversidade biológica, funcionamento do ecossistema e principais ameaças ao ecossistema Caatinga."
Clique aqui para visitar o site do Curso de Campo: Ecologia e Conservação da Caatinga - 2013.
15/04/2013
Abertas Inscrições de Propostas de Trabalho Para o 2º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
Escrito por: CRAD
Publicado em: 11/04/2013
Estão abertas as inscrições para Apresentação de Trabalhos no 2º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar, tais como Propostas de Palestras, Minicursos e Oficinas, dentre outros. As inscrições estarão disponíveis de 01 de Abril até o dia 06 de Maio de 2013 (Clique Aqui para maiores informações).
O evento é realizado pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), através do Projeto Escola Verde, em parceria com outras instituições de pesquisa e de ensino da região. Este ano (2013), o Workshop ocorrerá no Complexo Multieventos, localizado no Campus da Univasf/Juazeiro – BA, nos dias 26, 27 e 28 de Setembro.
Agora em caráter Nacional, o Workshop participa do circuito de eventos ambientais brasileiros com o tema “A Educação Ambiental Para o Desenvolvimento Sustentável: O Desafio da Contextualização”. Voltado à exposição de informações relacionadas à Educação Ambiental (EA) no intuito de promover ações inovadoras para minimizar os problemas associados ao meio ambiente, com a participação ativa das comunidades escolares e da sociedade como um todo; contribuindo não apenas para o conhecimento, mas também para o exercício da cidadania.
O evento já tem presenças confirmadas de renomados Pesquisadores e Ativistas Ambientais, tais como o Prof. Dr. Marcos Reigota (UNISO), o ambientalista Cleber Folgado (CPA), a Prof. Dra. Marta Tristão (UFES) e o Prof. Dr. Marx Prestes (UFCG).
A primeira versão do Workshop, realizada em Dezembro de 2012, foi avaliada como um sucesso, pois contou com a participação de mais de 500 pessoas, dentre a comunidade acadêmica e científica da região e a sociedade em geral, para discutir as formas de convivência no Semiárido nordestino (veja matéria Aqui).
Espera-se que o evento desse ano também supere as expectativas, já que se constitui numa das raras oportunidades para compartilhamento de conhecimento e experiências, através de enfoques interdisciplinares, relacionadas às problemáticas socioambientais locais e nacionais.
Para mais informações acesse aqui o site do Workshop.
11/04/2013
O CRAD e o Projeto Escola Verde mobilizaram mais de 6.000 pessoas para a prática da Educação Ambiental em 2012
Escrito por: Gracielle Peixoto de Souza e Lara Emanuela Souza de Brito
Publicado em: 09/01/2013
A Educação Ambiental Interdisciplinar é o foco principal do Projeto Escola Verde (PEV), que, em parceria com o Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas – Bioma Caatinga (CRAD) desenvolveu diversas atividades durante os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro de 2012 em escolas de Petrolina-PE e Juazeiro-BA. Dentre as atividades merecem destaque a arborização de escolas e as visitas técnicas realizadas ao CRAD, além do minicurso de Arborização realizado pela analista ambiental Dra Daniela Cristine Mascia Vieira, que mobilizaram alunos, professores, educadores e integrantes do PEV e do CRAD.
O CRAD doou cerca de 120 mudas das espécies tamboril (Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong), jatobá (Hymenaea martiana Hayne), umbu (Spondias tuberosa Arruda), pau-ferro (Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P. Queiroz), aroeira (Myracrodruon urundeuva Allemão), angico (Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan), marizeiro (Geoffroea spinosa) e ingá (Inga vera), árvores nativas da Caatinga, para arborização de 16 escolas dos municípios de Petrolina-PE e Juazeiro-BA, contando com a participação de 2.600 alunos e 100 professores, e o auxílio de integrantes do PEV, com a finalidade de integrá-los ao convívio com o meio ambiente desde o plantio das mudas e subsequentes cuidados necessários ao seu desenvolvimento.
Durante as visitas técnicas mais de 400 alunos e 30 professores das escolas municipais tiveram a oportunidade de conhecer pessoalmente todo o trabalho realizado pelo CRAD, desde a coleta das sementes em campo, o banco de sementes, as coleções de madeira (Xiloteca), coleção de plantas vivas, as pesquisas laboratoriais, o Herbário e a produção de mudas em viveiro. Dessa forma pôde-se apresentar aos alunos o ambiente acadêmico de onde saem as principais pesquisas relacionadas ao bioma Caatinga que exibe as maiores riquezas do nosso país.
Outros destaques foram às ações do PEV e do CRAD durante a Semana Nacional da Ciência e Tecnologia (SNCT) promovida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia em parceria com a UNIVASF, que teve como tema “Sustentabilidade, economia verde e erradicação da pobreza”. O PEV atuou nas escolas realizando oficinas de reciclagem, jardinagem em áreas de sol nas salas de aula, visitação ao CRAD e palestras de conscientização abordando a temática ambiental destacando a importância da preservação dos recursos naturais e a responsabilidade socioambiental.
No âmbito do projeto foi realizado o I Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar, evento teve como objetivo principal a discussão do tema "Os desafios da Educação Ambiental no Século XXI: Repensando Práticas e Valores" através de palestras, minicursos, oficinas, mesas-redondas, apresentações de trabalhos científicos, peça teatral, stands de órgãos parceiros e visitas técnicas. A analista ambiental do CRAD, Daniela Vieira, ministrou a palestra com o tema "Preservação e Valorização do Bioma Caatinga: Um desafio Urgente" da qual ressaltou a importância de preservação do bioma que é exclusivamente brasileiro. No stand do CRAD foram expostas mudas e sementes de espécies nativas, e ainda, analistas ambientais e alunos puderam tirar duvidas sobre procedimentos de pesquisa e confecção de exsicatas que são ferramentas de coleção científica e histórica.
Ao longo das atividades contamos com a participação de mais 6.000 pessoas desde alunos de ensino básico, superior, professores das escolas, integrantes do PEV e do CRAD. Tais atividades são de suma importância nos avanços das discussões, proposições e ações relacionadas à temática ambiental bem como no empoderamento da comunidade local nas questões de sustentabilidade e conservação do Bioma Caatinga.
09/01/2013
Próxima quinta (06/12/2012) tem Projeto Coração Saudável - Fase 8 no Crad/Univasf
Escrito por: CRAD
Publicado em: 04/12/2012
Proteja seu coração! Mantenha hábitos de vida saudáveis.
Metodologia: Aferição de pressão arterial, testes de glicemia e colesterol, medidas antropométricas, percentual de gordura, orientação para hábitos de vida saudável e Ginástica Laboral.Público alvo: Técnicos Administrativos, Docentes e Terceirizados da UNIVASF.
Data: 06/12/2012, Campus de Ciências Agrárias (Crad)
Horário: A partir das 8 horas.
Recomendações: Trajar roupas leves e trazer uma toalha de rosto. Venha com muita disposição!!!
Apoio: Colegiado de Educação Física - Prof. Marcelo
04/12/2012
Pesquisadores da Univasf participam de feira de livro em Olinda e são convidados para bate-papo na ECOFliporto.
Escrito por: CRAD
Publicado em: 20/11/2012
Entre os dias 15 e 18 de novembro aconteceu em Olinda-PE a 8ª Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto 2012), que este ano homenageou o dramaturgo pernambucano Nelson Rodrigues.
A Fliporto, junto aos seus milhares de visitantes e convidados, promove um grande encontro da literatura com a dramaturgia e se consagra ano após ano no calendário cultural do país, criando um verdadeiro porto literário do Atlântico Sul e estimulando o diálogo da literatura com diversas áreas de interesse para Pernambuco e para o Brasil, além de realizar um intercâmbio cultural internacional.
Muito mais do que uma festa literária, a Fliporto contempla oficinas, palestras e bate-papos sobre cinema, gastronomia, questões socioculturais e, principalmente, conscientização ambiental, através da ECOFliporto, realizado no Clube Atlântico.
Durante a ECOFliporto o professor e pesquisador do Crad/Univasf José Alves de Siqueira Filho foi convidado a participar de um bate-papo sobre seu último livro, Flora das Caatingas do Rio São Francisco, juntamente com os coutores Jaciane Campelo (Univasf), Marcos Meiado e Liliane Corrêa.
20/11/2012
O Herbário Vale do São Francisco (HVASF) completa 7 anos
Escrito por: CRAD
Publicado em: 14/11/2012
Hoje, dia 14 de novembro de 2012, o Herbário Vale do São Francisco (Hvasf) comemora o seu 7º aniversário. Fundado em 2005 pelo atual curador, o Professor Dr. José Alves de Siqueira Filho, o referido Herbário está situado na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), no campus de ciências agrárias, em Petrolina-PE.
Atualmente o Hvasf concentra um acervo botânico de 17.146 exsicatas, distribuídas em 189 famílias, 1079 gêneros e 3072 espécies, organizados em armários antichamas e registrados no software Carolus: um banco de dados online e multiusuários, com capacidade de armazenamento de registros ilimitada. O acervo do HVASF está 100% online e georeferenciado, com a marca de 82% de toda a coleção identificada por especialistas.
O herbário HVASF abriga coleções de vários grupos vegetais, fornecendo informações para estudos taxonômicos, florísticos, ecológicos e forrageiros. Atua como um importante espaço de consulta e referência para pesquisadores e estudantes, possibilitando a identificação de materiais botânicos, além de fornecer informações variadas sobre a flora das caatingas. No futuro, será um centro de referência para informações sobre o bioma caatinga, principalmente no entorno do Projeto de Integração do Rio São Francisco(PISF).
Além do curador, o HVASF conta com um curador assistente, três botânicos, um técnico e dois auxiliares. Esses profissionais são os responsáveis pelos trabalhos de montagem, registro, inclusão, intercâmbio de material com outros herbários, armazenamento e conservação das exsicatas. As atividades são compartilhadas com alunos estagiários dos cursos de Biologia e Agronomia, vinculados aos projetos de pesquisa no Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas - CRAD.
Com apenas sete anos, o HVASF tem muito a comemorar. Para os próximos anos já está em negociação a ampliação do herbário, que terá um prédio próprio e a capacidade de armazenar 500.000 exemplares.
Parabéns, a todos os responsáveis por essa alegria!
Visite o site do Herbário
14/11/2012
A Caatinga espera a Ararinha Azul
Escrito por: CRAD
Publicado em: 12/11/2012
Na noite do dia 06/11 aconteceu no município de Curaçá – BA o lançamento do Projeto Ararinha na Natureza, que tem como objetivo final a recuperação das populações naturais da ararinha-azul (Cyanopsitta spixii), um dos psitacídeos mais ameaçados do mundo, endêmica da Bahia, e já extinta na natureza desde 1990.
A iniciativa deste projeto é estabelecer uma população genética e demograficamente sustentável de indivíduos cuidadosamente selecionados, sendo reintroduzidos ao seu local de origem, ou seja, a Caatinga. O projeto conta com o patrocínio da VALE em colaboração da Al Wabra Wildlife Preservation (AWWP), fundada pelo Sheikh Saoud Bin Mohd. Bin. Ali Al-Thani.
Atualmente no município de Curaçá, sertão da Bahia, foi criada a Escolinha da Ararinha Azul, onde os alunos vendem bolos e pulseiras para arrecadar fundos para o projeto, e também a Fazenda Concórdia, que se caracteriza como uma das áreas mais importantes para a criação da ararinha na região de Curaçá.
As ararinhas são criadas em cativeiro, para reprodução, mas um dos maiores problemas é o elevado cruzamento de indivíduos parentes, ou seja, o DNA mostra que são todas "irmãs" tornando a espécies mais suscetível a doenças, por exemplo. Além disso, o número de ararinhas ainda é insuficiente para a soltura na natureza. É necessária a preparação do hábitat para reintrodução da espécie, sendo que as mesmas necessitam de condições semelhantes as do seu ambiente original.
As ararinhas são uma prioridade para a conservação da Caatinga, pois só existe nesta região, com isso, haverá fiscalização após a soltura na natureza, para que a historia não se repita, ou seja, o tráfico de animais e consequente extinção na natureza.
12/11/2012
Lançado documentário "Margaret Mee e a Flor da Lua", que resgata legado da artista botânica inglesa
Escrito por: O Globo / Carlos Helí de Almeida
Publicado em: 26/10/2012
Quando morreu, em 1988, aos 79 anos de idade, a artista botânica inglesa Margaret Mee deixou centenas de pinturas de espécies da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica e um corajoso discurso em favor da preservação da natureza. Esse legado é resgatado no documentário "Margaret Mee e a Flor da Lua", de Malu de Martino.
O filme, que usa como lastro os diários da arista inglesa, relembra as 15 expedições de Miss Margaret, como era conhecida no Brasil, onde viveu por 36 anos, à floresta Amazônica. Sua última grande obsessão foi encontrar e registrar o desabrochar de uma flor de uma espécie primitiva de cacto, Strophocactus wittii (K.Schum.) Britton & Rose., nativa das regiões de igarapés, que só se abre uma única vez no ano, e à noite.
A busca pela Flor da Lua é o ponto de partida e de chegada do documentário, que combina os tradicionais recursos de imagens de arquivo e depoimentos na reconstrução do percurso da artista botânica no Brasil. Os trechos dos diários são narrados pela atriz Patrícia Pillar.
Durante suas longas temporadas no interior da Floresta Amazônica, Margaret Mee catalogou dezenas de plantas e flores da região, que hoje fazem parte dos principais institutos de botânica do mundo. Também não ficou calada quando percebeu o avanço devastador do homem sobre as matas, no início dos anos 70. Chegou a enviar um de seus livros para o então presidente Geisel, com uma dedicatória sugestiva: "Estas são algumas espécies que correm o risco de desaparecer".
"Para Margaret, a natureza era a própria arte, não havia essa separação dentro dela", diz a artista plástica e ilustradora botânica brasileira Malena Barretto a certa altura do filme. Por uma ironia do destino, Margeret Mee morreu em um acidente de carro, no interior da Inglaterra.
Fonte: O Globo
26/10/2012
Crad e Pev realizam atividades para promover Educação Ambiental nas escolas da região durante o mês de setembro
Escrito por: Gracielle Peixoto de Souza e Lara Emanuela Souza de Brito
Publicado em: 03/10/2012
O Projeto Escola Verde (PEV), executado em parceria com o Crad/Univasf, desenvolveu diversas atividades durante todo o mês de setembro destacando a importância da Educação Ambiental nas escolas e contemplando ações relacionadas às comemorações do dia da Árvore (21 de setembro). As atividades aconteceram nos campi da Univasf, no Crad e em escolas dos municípios de Juazeiro e Petrolina, mobilizando mais de 4500 pessoas, entre pesquisadores, alunos da Univasf, professores, alunos das escolas municipais e a comunidade escolar.
A primeira atividade aconteceu no dia 11, onde a Dra. Daniela Vieira, Analista Ambiental do Crad, ministrou o minicurso sobre "Arborização nas escolas", destacando a importância das espécies da região. Os participantes do minicurso contaram com uma aula prática nas dependências do Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas, onde conheceram o viveiro de mudas da Caatinga e aprenderam técnicas para a realização do plantio de uma espécie arbórea.
Para a realização da arborização nas escolas foram utilizadas 52 mudas de porte arbóreo, sendo elas o tamboril, o pau-ferro, o jatobá, o umbuzeiro, a aroeira e o angico, todas cultivadas no viveiro do CRAD. As mudas foram entregues nos dias 14 e 26 de setembro em seis escolas de Petrolina e de Juazeiro: Anésio Leão, Leopoldina Leal, Terezinha Pereira Oliveira, Anete Rolim, Caic Misael Aguilar e Iracema Pereira Paixão. Além do plantio das mudas, que ocorreu entre os dias 19 e 29, foram realizadas palestras de conscientização, apresentações teatrais e vídeos educativos, abordando a temática ambiental em diversos aspectos, como a importância da preservação dos recursos naturais, a responsabilidade socioambiental e cidadania.
O Crad/Univasf também recebeu a visita de alunos da escola Leopoldina Leal, para conhecer pessoalmente todo o trabalho realizado pelo Crad, desde a coleta das sementes em campo, as pesquisas laboratoriais e o cultivo das mudas em viveiro. Os alunos adquiriram informações sobre o projeto, que trabalha diretamente com a temática ambiental, e foram incentivados a seguir os estudos com a finalidade de conseguir ingressar na universidade.
03/10/2012
"Flora das caatingas do Rio São Francisco: história natural e conservação" ganha destaque na imprensa nacional
Escrito por: CRAD
Publicado em: 25/09/2012
Lançado na quinta-feira, 20 de setembro de 2012, o mais completo estudo sobre a flora das Caatingas do Rio São Francisco continua a receber destaque na imprensa nacional, tanto pela qualidade literária e técnica da obra, quanto pela seriedade e importância dos alertas contidos no livro.
A "Extinção inexorável do Rio São Francisco", um dos principais alertas do estudo, foi o tema da reportagem publicada em O Globo (RJ), que ressalta a importância e a credibilidade da obra escrita por uma centena de especilistas.
Conheça mais sobra a obra:
O Globo - RJ (25/09/2012): Clique aqui
Diário de Pernambuco (23/09/2012): Clique aqui
Bom Dia Pernambuco (G1 Pernambuco): Clique aqui
25/09/2012
Estudo sobre o ecossistema das caatingas é lançado no Recife - Entrevista do Bom Dia Pernambuco com José Alves de Siqueira Filho
Escrito por: G1 Pernambuco / Rede Globo
Publicado em: 20/09/2012
O mais completo estudo sobre a história natural e a conservação da caatinga do Rio São Francisco vai ser lançado nesta quinta-feira (20), no Recife. Ao todo, foram quatro anos de pesquisa para registrar as relações com o clima, o solo, os desafios e as oportunidades que fazem parte do sistema ambiental que ainda é pouco conhecido. A obra “Flora das Caatingas do Rio São Francisco: História Natural e Conservação” foi organizada na Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), pelo professor José Alves de Siqueira.
A caatinga – que é uma palavra de origem tupi e significa "mata clara e aberta" – é o único ecossistema exclusivamente brasileiro. A região guarda uma grande riqueza de ambiente e espécies. “É um ecossistema plural e muito heterogêneo, de uma grande biodiversidade e tem uma diferenciação em relação aos outros por ter a irregularidade com chuvas, queda das folhas na estação seca e também ter a possibilidade de se renovar durante a curta estação de chuvas”, contou José Alves, em entrevista ao Bom Dia Pernambuco desta quinta.
De acordo com o organizador, a ideia do livro é quebrar o pensamento de que a caatinga é um ecossistema pobre em espécies e que não merece o reconhecimento dos nordestinos e brasileiros. O evento de lançamento acontece no Park Hotel, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul da capital pernambucana, às 19h30.
A reportagem completa do Bom Dia Pernambuco pode ser assistida nesse link.
20/09/2012
Ciência e Arte podem caminhar juntas? CRAD oferece primeiro Curso de Fotografia da Natureza para alunos da UNIVASF
Escrito por: CRAD
Publicado em: 15/09/2012
Fotografar é perceber e expressar momentos únicos e de caráter individual as várias faces e interpretações do mundo. Fotografar é o olhar mais íntimo do fotógrafo diante da cena ou do objeto, por isso, é uma das formas de expressão mais incríveis do ser humano, onde os fatos são documentados, e os momentos e emoções são eternizados.
Fotografar não é apenas clicar em um botão, é um conjunto de ângulos, flash, zoom, formas, expressões, foco e imaginação. Nas entrelinhas de uma imagem podem ser retratadas várias sensações, como as de uma poesia.
O Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas (Crad/Univasf) ofereceu a oportunidade de compreender melhor o universo da fotografia para seus alunos, uma oportunidade de conhecer um mundo à parte, mais detalhado, que remete lembranças perdidas no inconsciente, perdidas em algum lugar da mente, ajuda a contar histórias, mostra a realidade e sonhos. Neste curso abordou-se a melhor forma, o melhor ângulo e a melhor luz para imortalizar em um “click” as pessoas, os elementos, formas, emoções que uma imagem pode proporcionar aos olhares atentos do público.
Durante curso ministrado pelo Professor José Alves de Siqueira Filho, fotógrafo da natureza, foram apresentadas técnicas básicas da fotografia, que permitiram os alunos um conhecimento necessário para a melhor utilização dos equipamentos no cotidiano, na natureza e nos eventos. O poder da linguagem fotográfica, a sua conexão com a linguagem oral ou escrita, sua aplicação e uso como linguagem visual, através de belíssimas imagens que marcam para sempre um momento de nossas vidas. É ciência ou arte?
15/09/2012
Crad/Univasf participa da Exposição de Fauna e Flora durante o mês de Agosto
Escrito por: Crad
Publicado em: 29/08/2012
O Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga - Crad/Univasf participou durante todo o mês de agosto de exposições simultâneas sobre fauna e flora nos Centros de Referência em Comunicação Social do Projeto de Integração das Bacias do São Francisco (Pisf), nas cidades de Brejo Santo – CE e Custódia - PE.
Durante o evento foram divulgados resultados obtidos pelos Programas de Conservação da Fauna e da Flora, executados pela Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), e apresentadas as coleções de frutos, sementes, mudas e troncos de árvores nativas da Caatinga, divulgando a flora local e incitando os visitantes sobre o tema da conservação.
A Exposição teve como tema "Diversidades e Potencialidades da Fauna e da Flora do Bioma Caatinga" e seu principal público alvo foram professores e alunos da região. Em ambas as cidades, o Crad/Univasf colocou à disposição do evento uma equipe técnica composta pelos biólogos Erivania Virtuoso, Natan Messias, Roselita da Silva e Vinícius Cotarelli, o ecólogo Fábio Socolowski e a engenheira florestal Allívia Rouse.
A equipe técnica do Crad acompanhou as exposições, explorando temas de reconhecimento e resgate da flora na Caatinga, além da importância da conservação e da produção científica para o bem estar da população. As abordagens foram realizadas por meio de painéis fotográficos, palestras e vídeos, além da doação de sementes e mudas de plantas nativas, cordel explicando as ações do Crad, camisas e bonés.
Mais uma vez, o Crad/Univasf ampara a idéia de sensibilização da população para as questões ambientais e elucidação dos temas envolvidos na conservação e valorização da Caatinga.
29/08/2012
Univasf assina convênio com universidade dos Estados Unidos
Escrito por: Karine Nascimento - Assessoria de Comunicação da Univasf
Publicado em: 21/08/2012
A Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) firmou convênio de cooperação institucional com a State University of New York (Suny-Oswego), nos Estados Unidos. O acordo assinado pelo reitor da Univasf, Julianeli Tolentino de Lima e a representante da Suny, Cleane Medeiros viabilizará ações de intercâmbio estudantil, colaboração em projetos de pesquisa, atividades de pós-doutorado e cooperação em conferências, palestras e eventos científicos. "A proposta da Univasf é estreitar os laços com várias instituições", esclareceu. Segundo a representante da universidade americana, Cleane Medeiros, a Suny tem objetivos amplos em termos de globalização das atividades. "Os projetos que a Univasf apresentou encaixam exatamente nesses objetivos", avaliou Cleane.
Após reunião no Gabinete da Reitoria da qual também participou o assessor de Relações Interinstitucionais e Internacionais, Alexsandro Machado, Cleane Medeiros foi ao campus Ciências Agrárias onde conheceu alguns projetos da universidade como o Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas (Crad) e o Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna), coordenados pela Univasf no âmbito do Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (Pisf), vinculado ao Ministério da Integração Nacional.
O diretor do Crad, José Alves ressaltou a importância dos trabalhos desenvolvidos, enfatizando a estrutura multidisciplinar do centro e as pesquisas realizadas. No Cemafauna, o diretor Luiz Cezar Machado Pereira explicou as ações do centro como os estudos de inventário, resgate e monitoramento da fauna silvestre. Também estavam programadas visitas aos Campi Sede e Juazeiro que foram canceladas em virtude da agenda da representante da Suny.
21/08/2012
4° encontro do Projeto de Educação Ambiental e Cidadania explora os conceitos de "lugar" e co-responsabilidade com equipe de campo do Crad/Univasf.
Escrito por: Lara Emanuela Souza de Brito
Publicado em: 16/08/2012
No dia 16 de agosto de 2012 aconteceu o 4° encontro do Projeto de Educação Ambiental e Cidadania, que tem como público alvo os trabalhadores de campo do CRAD /UNIVASF.
A aula teve como objetivo despertar a compreensão da gestão ambiental partindo da construção do seu conceito, visando à reflexão sobre os seus elementos, destacando a justiça social, o equilíbrio ecológico e o desenvolvimento econômico com escala de valores.
Foi realizado ainda um momento de socialização, contando com a retomada do conceito de "lugar", de modo a despertar a reflexão sobre os conceitos de Pertencimento, Empoderamento e Co-responsabilidade, através da apresentação por parte dos alunos das suas produções textuais elaboradas na atividade, que questionava "Onde você nasceu? Onde é que você mora? Como é o lugar onde você vive?"
16/08/2012
Crad/Univasf recebe visita da Dra. Maria Mercedes Arbo, pesquisadora do Instituto de Botánica del Nordeste, em Corrientes, Argentina
Escrito por: Vinicius Messas Cotarelli
Publicado em: 14/08/2012
No período de 06 a 10/08/2012 o CRAD recebeu a visita da pesquisadora sênior Dra. Maria Mercedes Arbo, do Instituto de Botánica del Nordeste (IBONE), de Corrientes, Argentina especialista da Família Turneraceae.
A presença da ilustre pesquisadora teve como objetivo o estudo das espécies da Família Turneraceae presentes no Herbário HVASF, família que contêm muitas espécies nativas do Brasil e endêmicas da Caatinga ainda pouco conhecida entre os pesquisadores.
Durante a semana de trabalho, Dra. Mercedes ainda ministrou uma palestra sobre a família, descrevendo os principais caracteres morfológicos, a distribuição e ocorrência das espécies nas Américas.
O encontro também serviu para que estagiários do CRAD tivessem maior contato com a taxonomia, assim como permitiu trocas de experiências e, principalmente, aprender os ensinamentos de Dr. Mercedes. Foi estabelecido uma agenda para intercâmbio entre alunos das duas instituições nos próximos meses para o desenvolvimento de pesquisas com espécies típicas dos ecossistemas secos como a Caatinga e o Chaco Argentino.
14/08/2012
Pesquisadora Argentina, Drª. María Mercedes Arbo, ministrará a palestra "Turneraceae de Brasil: Caracterización y Biogeografía"
Escrito por: CRAD
Publicado em: 06/08/2012
O Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga (Crad/Univasf) tem o prazer de convidar a comunidade acadêmica para a palestra com a pesquisadora Drª. María Mercerdes Arbo, que há mais de trinta anos trabalha ao redor do mundo com espécies da família Turneraceae.
Nos últimos anos, a pesquisadora vem contribuindo com estudos deespécies da família Lentibulariaceae e Bignoniaceae, publicando vários artigos e livros internacionais sobre o assunto.
Palestra: Turneraceae de Brasil: Caracterización y Biogeografía
Palestrante: Drª María Mercedes Arbo
Data/Horário: 07/08/2012 - 19h:00
Local: Auditório da Biblioteca - Campus Petrolina
06/08/2012
Núcleo de plantas medicinais da UNIVASF inicia estudos com a espécie Simira gardneriana M.R.V. Barbosa & Peixoto
Simira gardneriana M.R.V. Barbosa & Peixoto">Escrito por: Xirley Pereira Nunes
Publicado em: 03/08/2012
O bioma caatinga é considerado o único bioma exclusivamente brasileiro. Na região do vale do São Francisco observa-se o largo uso de plantas medicinais e seus derivados no combate e prevenção de algumas doenças. O conhecimento popular local auxilia de forma imensurável as pesquisas com plantas medicinais e o legado etnobotânico desta população deve ser preservado e respeitado. Assim, é importante averiguar quais são os metabólitos secundários de determinadas plantas da nossa região visando correlacionar seu uso popular com a presença de determinados grupos químicos, que justifiquem as ações terapêuticas verificadas por muitos extratos.
Recentemente, o Núcleo de Estudos e Pesquisas de Plantas Medicinais da UNIVASF (NEPLAME) iniciou estudos com a espécie Simira gardneriana M.R.V. Barbosa & Peixoto. A planta pertence à família Rubiaceae, e vem sendo estudada para avaliação do seu potencial químico e farmacológico. Os estudos estão sendo realizados pela equipe do Colegiado de Ciências Farmacêuticas, liderada pelos pesquisadores Xirley Pereira Nunes e Jackson Roberto Guedes, em colaboração com o CRAD. Além da identificação botânica da espécie, os estudos visam isolar e caracterizar as substâncias químicas presentes no extrato etanólico bruto, bem como avaliar o potencial antioxidante desta espécie.
Na caatinga, o gênero Simira é representado por seis espécies. Dentre elas, Simira gardneriana é a única endêmica, e faz parte da lista brasileira de espécies ameaçadas de extinção. Ocorre nos estados da Bahia, Ceará, Pernambuco e Piauí nos domínios da caatinga, onde é conhecida por “pereiro-de-tinta” ou “pereiro-vermelho”.
Estudos recentes têm sido conduzidos no Laboratório de Sementes do Centro de Referência para Recuperação da Flora das Áreas Prioritárias na Bacia do São Francisco – CRAD, visando analisar a germinação de sementes de Simira gardneriana em diferentes substratos sob os efeitos do período de coleta.
Assim, espera-se que este estudo dê um suporte científico ao uso seguro e eficaz de plantas medicinais na região do Vale do São Francisco, ajudando a desenvolver cientificamente a região, contribuindo desta forma para a obtenção de novas moléculas com atividades farmacológicas bem caracterizadas, além de contribuir para a obtenção de novos fármacos e medicamentos, e, o mais importante, preservar as espécies endêmicas da nossa região.
03/08/2012
Crad/Univasf promove projeto sobre Educação Ambiental e Cidadania com equipe de campo
Escrito por: Lara Emanuela Souza de Brito
Publicado em: 31/07/2012
Na última quarta-feira, dia 25 de julho de 2012, aconteceu a primeira aula do Projeto de Educação Ambiental e Cidadania, ministrado pela educadora ambiental Lara Emanuela Souza de Brito, especialista em gestão e educação ambiental . O projeto teve como público alvo a equipe de trabalhadores de Campo do Crad/Univasf.
A proposta de formação continuada tem como objetivo despertar a construção do conhecimento sobre os fundamentos da gestão e educação ambiental, enfatizando a problemática socioambiental no contexto da Caatinga, potencializando uma mudança de cultura para o desenvolvimento local integrado e sustentável.
O processo de formação será desenvolvido por meio da metodologia participativa e dialógica, enfatizando a relação entre a fundamentação teórica e a prática, partindo do contexto em que os trabalhadores estão inseridos, explorando suas vivências profissionais e cidadãs, buscando através da reflexão e análise, a compreensão crítica da ação dos indivíduos e das organizações na sociedade.
31/07/2012
Prosopis ruscifolia Griseb. (Fabaceae), uma espécie redescoberta após 60 anos
Prosopis ruscifolia Griseb. (Fabaceae), uma espécie redescoberta após 60 anos">Escrito por: Igor Tenreiro, Ana Caroline Coelho & José Alves de Siqueira Filho
Publicado em: 18/07/2012
Em 1912, o naturalista alemão Philipp Von Luetzelburg percorria o Nordeste Brasileiro, catalogando a flora desta região para compor o "Estudo Botânico do Nordeste", uma obra de sua autoria. Nesta obra o autor descreveu uma localidade, denominada Cachoeira do Roberto, estado de Pernambuco. Neste local existiam duas árvores que foram identificadas como Prosopis ruscifolia Griseb. (Fabaceae), estas despertam grande atenção de pesquisadores e moradores locais, devido a presença de uma grande quantidade de espinhos avantajados ao longo dos ramos da copa da árvore e por não ocorrer em mais nenhum outro local próximo.
A ocorrência desta espécie até o momento só estava restrita ao Chaco Argentino, Boliviano e Paraguaio, registrando-se assim uma nova localidade para ocorrência da mesma. Surgia então uma pergunta de difícil resposta: "Como esta espécie chegou na Caatinga?"
No ano de 1952, Dárdano Andrade Lima, juntamente com Mendes Magalhães, retornaram à localidade seguindo os passos de Luetezelburg e encontraram as duas árvores e coletou o material que foi avaliado e identificado pelo iminente especialista em Leguminosae da época, Adolpho Ducke, que comentou sobre a curiosidade da espécie nas Memórias do Instituto Osvaldo Cruz em 1953. Após 60 anos da última coleta, no dia 15 de Julho de 2012, numa ensolarada manhã de domingo, a equipe do CRAD/UNIVASF, em uma expedição de campo, reencontrou a espécie, que se caracteriza como o único registro para o Nordeste do Brasil.
Relatos de moradores mostram que a planta era usada para uso de chá contra gripe, e a raspa do seu espinho como dentifrício na cura de dor de dente, porém, atualmente esta prática não continuou entre os moradores. Ela é comumente chamada de "espinheiro", "pau-de-espinho" e "juncumarim", esse último um nome indígena, cujo os moradores desconhecem o significado da palavra. Os dois primeiros nomes são usados por conta do avantajado tamanho do espinho que a árvore possui.
Não existe fiúza de como esta espécie chegou a esse local, várias são as histórias contadas pelos moradores, alguns dizem que foi por conta de um dilúvio que ocorreu antigamente e após isso as duas árvores teriam se desenvolvido; estudiosos apontam que poderia ter vindo do Chaco, por conta do local ser rota de passagem para o Norte/Nordeste do Brasil antigamente; existe também uma história de um padre ter plantado as árvores quando veio morar na região. Não se sabe ao certo sua origem, porém as mesmas estão no mesmo local descrito por Luetzelburg e Dárdano, e não apresentam nenhum vestígio de desenvolvimento de outras espécies, para o povoamento do local.
Com essa redescoberta estudos de relação entre Chaco e Caatinga podem então ter um fim, e as respostas de vários anos poderão ser respondidas em breve.
18/07/2012
CRAD participa da Semana do Meio Ambiente em Petrolina com stands informativos
Escrito por: CRAD
Publicado em: 11/06/2012
O CRAD foi convidado para participar da Semana do Meio Ambiente, por meio da Plantec - Planejamento e Engenharia Agronômica Ltda, uma empresa contratada pela Codevasf.
O evento será realizado no período de 12 a 15 de junho de 2012, no horário de 08h00 as 12h00 e de 14h00 as 17h00 no Senai (Av. Monsenhor Ângelo Sampaio – Petrolina). O CRAD irá participar com stands informativos no dia 12/06/2012 no horário de 08h00 - 17h00.
Convidados a todos a prestigiar o evento.
11/06/2012
Micorrizas Arbusculares: Aplicação na Recuperação de Áreas Degradadas”, será tema de Palestra promovida pelo CRAD/UNIVASF
Escrito por: CRAD
Publicado em: 01/06/2012
A Professora Doutora em Tecnologias Energéticas Nucleares pela Universidade Federal de Pernambuco, Regina Lúcia Felix de Aguiar Lima, ministrará nessa segunda (04/06/2012) a palestra com o Tema: Micorrizas Arbusculares: Aplicação na Recuperação de Áreas Degradadas.
Regina atualmente é professora atualmente na Universidade de Pernambuco (UPE). Em 1999 concluiu o mestrado em Biologia de Fungos, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e em resumo abordará o tema tratando dos processos biogeoquímicos em que a comunidade microbiana do solo atua, posto que, são fundamentais para o desenvolvimento do solo e o crescimento das plantas, projeto que atualmente está desenvolvendo em parceria com o CRAD.
A palestra acontecerá no Campus Petrolina – Centro da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), no auditório da Biblioteca, com início previsto para as 18:00h. Toda a comunidade acadêmica está convidada a prestigiar a palestra.
Contamos com a presença de todos!
01/06/2012
"Diversidade da família Convolvulaceae na Caatinga" será tema de Palestra promovida pelo CRAD/UNIVASF
Escrito por: CRAD
Publicado em: 22/04/2012
A Doutoranda em Biologia Vegetal pela Universidade Federal de Pernambuco, Maria Teresa Buril, ministrará nessa segunda (23/04/2012) a palestra Diversidade de Convolvulaceae na Caatinga.
A pesquisadora trabalha atualmente com taxonomia e filogenia da família Convolvulaceae. Em 2009 concluiu o mestrado em Palinologia de Leguminosae, na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Ao longo da formação teve experiência em vegetação da caatinga, palinologia, palinotaxonomia e taxonomia.
A palestra acontecerá no campus de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), no auditório do CRAD, com início previsto para as 18:00h. Toda a comunidade acadêmica está convidada a prestigiar a palestra.
Contamos com presença de todos!
Maiores informações: Tel: 2101-4823.
22/04/2012
Colaboradores do CRAD participam da Feira de Troca de conhecimento, em Salgueiro-PE
Escrito por: CRAD
Publicado em: 23/03/2012
Foi realizado no IF de Salgueiro-PE, no dia 22 de março de 2012, a "Feira de troca de experiências", que contou com a participação de diversas escolas de todas as cidades onde são realizadas as obras de Integração das Bacias do São Francisco, além de representantes de projetos e instituições envolvidos com as obras. O evento contou com a participação do Reitor e Vice reitor da Univasf, Julianeli Tolentino e Télio Nobre Leite.
Durante o evento o Crad implantou um Canteiro Experimental com plantas nativas da Caatinda, dentro do Instituto Federal, e distribuiu cerca de 2 mil mudas de plantas nativas para o público presente. O Crad também apresentou parte das ações desenvolvidas na região durante os últimos 7 anos, por meio de um stand no qual o público teve a oportunidade de conhecer um pouco mais das árvores e sementes da Caatinga.
O evento também marcou a publicação do Cordel de José Everton Fagundes da Silva, discente do curso de Agronomia da UNIVASF. O cordel, que foi distribuído gratuitamente no stand do CRAD e apresentado no encerramento da feira, trata sobre o papel do CRAD perante a sociedade e a preservação da Caatinga, ressaltando a contribuição de todos os laboratório do Centro de Referência.
23/03/2012
CRAD Participa de evento sobre educação Ambiental em Salgueiro-PE
Escrito por: Paulo Ramos
Publicado em: 21/03/2012
O Crad estará participando, na próxima quinta-feira (22),
da Feira de Troca de Experiências, no IF-Pernambucano, em
Salgueiro-PE. O evento está sendo promovido pelo Ministério da
Integração Nacional, no âmbito do Programa de Educação Ambiental do
PISF (Programa de Integração do Rio São Francisco com Bacias
Hidrográficas do Nordeste Setentrional), como parte das atividades do
Sub-programa de Educação Ambiental nas Escolas.
Na oportunidade, os professores do Crad/Univasf, Paulo Ramos e José Alves, estarão proferindo palestra e coordenando uma mesa redonda com a temática "Jardinagem e paisagismo com espécies nativas da Caatinga no ambiente escolar, como parte das atividades de Educação Ambiental.
Durante o evento o Crad irá também implantar um Canteiro Experimental com plantas nativas da Caatinda, nas dependências do Instituto Federal, bom como distribuir 2 mil mudas de plantas nativas
com as escolas presentes, além de expor em stand parte das ações desenvolvidas na região nos últimos 7 anos.
O evento contará com a presença do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, o reitor e vice-reitor da Univasf, Julianeli Tolentino e Télio Nobre Leite, respectivamente, além de comitiva da Univasf.
21/03/2012
Globo Repórter apresentará, nessa sexta (16/03/2012), uma reportagem sobre a Caatinga, produzida em conjunto com a equipe do CRAD / UNIVASF
Escrito por: CRAD
Publicado em: 16/03/2012
O Globo Repórter dessa sexta (16/03/2012) visitará o mais brasileiro de todos os biomas - a Caatinga. Em um dos blocos do programa será exibido a reportagem sobre uma expedição à área mais selvagem da Serra das Confusões, no Estado do Piauí, quando toda a equipe passa a noite em uma floresta sem água onde vivem espécies nunca vistas em outros países. A reportagem foi produzida em parceria com a equipe do CRAD/UNIVASF, de 6 a 10 de dezembro de 2011, e será apresentada agora.
Não deixem de assistir a reportagem, que irá ao ar após o Big Brother Brasil, por volta das 22h:30min.
"Globo Repórter nos Céus do Brasil. A grande aventura aérea chega à mais brasileira de todas as matas: Sérgio Chapelin e Francisco José exploram a caatinga, um tipo de floresta que não existe em nenhum outro lugar do mundo.
Flutuando sobre uma floresta sem igual, o balão do globo repórter mostra toda a beleza da caatinga verdejante. Na época das chuvas, a paisagem seca e retorcida se transforma em paredões de arenito cobertos de vegetação. A vida aflora nos quatro cantos do sertão."
Clique aqui para assistir a chamada do programa.
16/03/2012