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Leonardo Barreto Campos

Universidade Federal do Vale do São Francisco

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Além dos softwares e hardwares

Fonte: Diário de Pernambuco

11/07/2007 - O pouco tempo de existência do curso de engenharia da computação no estado (a UPE oferece desde 2000 e a UFPE passou a disponibilizá-lo em 2002) ainda faz muitos estudantes confundirem a graduação com a de ciência da computação e até mesmo com engenharia eletrônica. A dúvida logo surge quando se fala em áreas de atuação do profissional, competências e disciplinas cursadas. Mas afinal, o que diferencia o curso de engenharia da computação dos outros?


Patrícia Freire participa de monitorias e realiza pesquisas, "A graduação está na fronteira entre a ciência da computação e a engenharia eletrônica. Na eletrônica, as disciplinas dão mais ênfase às técnicas de desenvolvimento de hardwares (parte eletrônica da máquina) e controle de processos, mas não irão apronfundar os conhecimentos em criação de softwares (programas de computador), por exemplo. Os aspectos de inteligência artificial, rede de computadores e comunicação digital são vistos no curso de engenharia da computação", explica o coordenador do curso da Universidade de Pernambuco (UPE), Márcio Lopes Cornélio. A graduação é concluída em
cinco anos (10 períodos).


Segundo ele, o curso irá formar profissionais capazes de criar softwares (habilidade do curso de ciência da computação) e também de modificar equipamentos para introduzir esses sistemas. "O que distingue engenharia da computação são as disciplinas ligadas ao controle de processos e automação industrial. Formamos os alunos para trabalharem como arquitetos ou engenheiros de softwares e gerentes de projeto", ressalta.


E na prática o que é integrar os softwares aos hardwares? A coordenadora do curso da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Edna Barros, explica. "Se pensarmos no aparelho celular, observamos que não é apenas um telefone. Tem agenda, acessa a internet, entre outros. Hoje a maioria dos equipamentos apresenta um sistema computacional. Então, precisávamos de um profissional que entendesse ao mesmo tempo dos programas e da parte eletrônica dos equipamentos".


Para tanto, a grade curricular não podia deixarde ser abrangente. Na UPE, onde as aulas ocorrem apenas pela manhã, desde o primeiro período, os estudantes cursam disciplinas de programação. "Eles assistem aulas nos laboratórios para aliar a teoria à prática, durante todo o curso", enfatiza Márcio Lopes. Já na UFPE, o horário é integral. "Eles têm aulas tanto no centro de informática quanto no de engenharia eletrônica", afirma Edna Barros.